Mas, cresce entre os políticos a percepção de que o
efeito de uma vitória substancial agora não significa necessariamente que as
estruturas municipais lhes garantirão uma colheita de votos tão boa quanto,
daqui a dois anos.
Isso porque os partidos vêm notando que os prefeitos já
não são indutores de voto – principalmente o majoritário – como foram em outras
épocas. Perdem relevância eleitoral.
E por vários motivos: o primeiro é que nas grandes e
médias cidades o eleitor forma sua opinião independentemente da posição
política do chefe do Poder Executivo local, com base nas informações dos meios
de comunicação e, não raro, na conjuntura nacional.
Nesses casos o mais comum é ocorrer o oposto: o prefeito
é quem embarca na tendência da maioria e se deixa conduzir por ela.
Outro fator é a mudança de posição, ou mesmo de partido,
do prefeito que, aliado a um determinado grupo na eleição, muitas vezes se
transfere com a máquina municipal para outra ala que lhe pareça mais forte, politicamente
vantajosa, alegam as famosas razões de governabilidade e um abraço.
Por Dora Kramer
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