quinta-feira, 18 de abril de 2013

O exemplo que Apodi precisa conhecer

Os gestores do município de Apodi e dos outros perímetros irrigados do nosso RN precisam conhecer o exemplo mostrado pelo ex-funcionário da Frunorte (empresa da agricultura irrigada do Vale do Açu que funcionou até 1998) e hoje consultor do Estado do Ceará, o engenheiro agrônomo Francisco Zuza de Oliveira. Ele sugere aos que duvidam da eficiência da agricultura irrigada para tudo – até para salvar a pecuária leiteira cearense, cujo rebanho segue sendo aniquilado à medida que a seca avança: “saia do seu conforto na capital e viaje até o Perímetro Irrigado Jaguaribe – Apodi, em Limoeiro do Norte. Lá, você verá o que pode a água e a melhor expertise a serviço da produção de alimentos para o gado leiteiro. Precisamos, nesse 2013, produzir 2,5 milhões de toneladas de forragem de milho, sorgo e capim irrigados para salvar 50% das fêmeas bovinas do Ceará – 800 mil cabeças – para garantir o nascimento dos bezerros, a produção de leite e a renda dos criadores. Em 2012, produziram-se dois milhões de toneladas”.

Nos últimos meses, passamos na região, pelo menos uma vez a cada semana, e percebemos que são inúmeras as áreas do DIJA (Distrito Irrigado Jaguaribe – Apodi) que estão sendo usadas para o plantio de milho. Além do DIJA, há outras áreas em cima da Chapada do Apodi, nos municípios de Baraúna, Quixeré, Limoeiro do Norte, Russas e Jaguaruana que estão sendo utilizadas para a produção de forragem. As principais microrregiões onde o cultivo do milho é mais intenso são Lagoinha em Quixeré e Tomé em Limoeiro do Norte. Em ambas, usa-se a água do manancial calcário jandaíra. Outra área em que o cultivo de milho para forragem está sendo feito com intensidade é no DISTAB (Distrito Irrigado Tabuleiro de Russas) em Russas – CE.



por Josivan Barbosa

Um comentário:

Marcos pinto disse...

Só que ele esqueceu de citar que as famílias que foram expulsas de suas terras vivem marginalizadas nas periferias das grandes cidades do Ceará. Não troco um só conterrâneo por nenhuma multinacional do Agronegócio, como é o caso da FRUNORTE,que desde que foi implantada em Assu, no perímetro irrigado, só trouxe miséria e fome para os humildes agricultores, que foram expulsos de suas glebas de terras. É só conferir.