domingo, 14 de abril de 2013

Para representante do Ministério Público, Polícia só investiga preto, pobre e prostituta

De acordo com a edição do Jornal de Hoje deste final de semana há uma boa justificativa para o fato de existirem bem menos pessoas presas atualmente no Brasil por decorrência de investigações do Ministério Público do que aqueles que são detidos pela Polícia Civil, conforme apontou diretor da Associação Nacional dos Delegados de Polícia, Magnus Barreto. E o motivo disso não tem nada a ver com o fato do MP poder ou não investigar.

Segundo o presidente da Associação dos Promotores de Justiça do RN (Ampern), Eudo Leite, o motivo é que o MP investiga crimes praticados por poderosos, enquanto as polícias prendem pessoas mais humildes. “Magnus tem alguma razão no que está dizendo pelo simples fato de que quem está investigando os crimes de corrupção, de colarinho branco, os poderosos, é o Ministério Público. A Polícia está investigando só preto, pobre e prostituta. Portanto esses vão para cadeia normalmente no Brasil”, afirmou o presidente da Ampern.

Segundo Eudo Leite, “os políticos, a classe econômica poderosa nesse país, a gente tem uma grande dificuldade de colocar na cadeia. Mas o MP tem feito um trabalho exemplar. Tem investigado, tem acusado. Tem conseguido prisões para permitir que o processo possa andar, prisões preventivas, que permitem a não destruição de provas”. Além disso, o fato das condenações não terem sido deferidas até o momento, em muitos casos, não é consequência da investigação, mas sim do ritmo processual mesmo.

Condenação ou não, aí é um problema do sistema judicial brasileiro. É um problema de cultura. É um problema do processo ser muito mais complexo, ter grandes advogados, que cria uma grande dificuldade para o processo tramitar adequadamente. Na verdade, os poderosos, a quem o MP atinge, realmente, há muito mais dificuldade para que eles sejam condenados”, analisou. De qualquer forma, essa afirmação também acaba por concordar com outra declaração de Magnus Barreto, de que o Ministério Público do RN pinça as principais investigações para si e não se preocupa, por exemplo, em apurar roubos de uma bicicleta, que muitas vezes, para o cidadão, é tão importante quanto um carro, por exemplo.

2 comentários:

um camionheiro disse...

a descriminação nesse brasil só é com pobre, não adianta voce ser branco e não ter dinheiro no bolso, vejo isso todos os dias

lucas medeiros disse...

NESSE PAIS SÓ TEM VEZ OS CORRUPTOS. BRASIL TERRA DOS CORRUPTOS E LADRÕES