Previsão do Dnocs é de que obras sejam concluídas em 18 meses |
As obras de implantação do
Perímetro Irrigado Santa Cruz do Apodi, entre os municípios de Apodi e Felipe
Guerra, na região Oeste do Estado, deverão começar na próxima semana. Após anos
de expectativas, estudos e discussões acerca da viabilidade econômica e social
do projeto de irrigação, o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas
autorizou o início da primeira etapa das obras, que consumirão R$ 242 milhões e
deverão abrir 300 vagas de trabalho temporário. Os recursos que viabilizarão o
empreendimento serão financiados pelo Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC) e a previsão é de que a construção seja concluída em até 18 meses.
“O perímetro irrigado é a
redenção de toda a economia de uma região”, destacou o diretor-geral do Dnocs,
Emerson Fernandes Daniel Júnior. “O perímetro irrigado contribuirá para o
desenvolvimento da agricultura na região do Apodi, que tem um solo de alta qualidade.
Não haverá uso de agrotóxicos em demasia e iremos apoiar a produção de
orgânicos”, destacou o diretor-geral do Dnocs.
A empresa responsável pela
execução do perímetro é a EIT Engenharia. A ordem de serviço para a primeira
etapa da obra, que ocupará uma área de aproximadamente quatro mil hectares, foi
assinada nesta quarta-feira, 14, em Fortaleza. A fiscalização dos serviços será
feita empresa de Supervisão KL, que foi orientada pelo Dnocs para atuar com
urgência no processo da construção do perímetro irrigado. De acordo com o Dnocs
foram empenhados R$ 25,2 milhões nesta terça-feira, 13, destinados ao pagamento
da construtora.
Desapropriações
No início de junho passado
próximo, o Dnocs divulgou edital com os nomes dos proprietários de
terras, benfeitorias e coberturas vegetais inseridas na área onde será
construído o Projeto de Irrigação Santa Cruz do Apodi. Os proprietários tiveram
trinta dias para procurar o escritório do órgão e assinar os termos de ajustes
para que, posteriormente, recebessem o valor da indenização.
Somente com as
desapropriações, o investimento do Governo Federal será superior a R$ 5
milhões. O diretor-geral do órgão confirmou que o pagamento a 40 proprietários
de terras começou e que nenhum acordo ou valor de terra foi contestado.
A obra, em sua primeira
etapa, será dividida em 324 lotes de 8 hectares destinados aos pequenos
irrigantes. Quando estiver em plena atividade, o perímetro irrigado vai
produzir banana, cacau, laranja, feijão, goiaba, mamão, melão e uva. Além dos
futuros proprietários dos lotes, o projeto vai atender com ramais a partir do
canal principal de irrigação, os assentamentos rurais situados no seu entorno.
Tribuna do Norte
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