sábado, 10 de agosto de 2013

Movimentos sociais do Seridó visita acampamento de sem terra na Chapada do Apodi/RN

Uma delegação de 35 lideranças dos movimentos e pastorais sociais do Seridó esteve durante todo o dia desta sexta-feira, 09 de agosto, fazendo uma visita as mais de 1.200 famílias acampadas nas terras da Chapada do Apodi destinada para o perímetro irrigado. Esta visita foi uma forma de prestar solidariedade a luta das comunidades da Chapada do Apodi em resistência ao projeto do DNOCS. Segundo José Procópio do Serviço de Apoio aos Projetos Alternativos Comunitários-SEAPAC, “esse gesto demonstra que a luta de Apodi é uma luta de todos aqueles e aquelas que acreditam na agricultura familiar camponesa e na reforma agrária e que é preciso unir as forças para derrotar esse projeto da morte”. A delegação foi recebida pelas famílias acampadas que agradeceram a visita e a solidariedade do povo do Seridó. Para Francisco Edilson, presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Apodi, a visita e a solidariedade dessas lideranças do Seridó é uma demonstração de que a luta das comunidades da Chapada vem ganhando força a cada dia. “Essa visita nos dar um novo ânimo e coragem para continuarmos lutando em defesa da Chapada”, finalizou Edilson Neto.

Durante a visita aconteceu uma assembleia onde vários representantes se pronunciaram afirmando o apoio e a solidariedade. O Diretor da FETARN, Francisco Assis destacou a determinação do MST e do STTR Apodi em levar a frente essa luta e afirmou que em breve toda a diretoria da FETARN irá ao acampamento para prestar solidariedade as famílias. Já o representante da Comissão Pastoral da Terra-CPT, Nilton Junior, lembrou que desde os anos 90 que na Chapada do Apodi vem se construindo um modelo de desenvolvimento com base na agroecologia e na convivência com o semiárido e que esse modelo tem demonstrado a capacidade de melhoria na qualidade de vida das famílias da região. Afirmou ainda que a luta das comunidades da Chapada é uma luta justa e pela dignidade no campo. Para o representante da ASA Potiguar, Paulo Segundo, reafirmou que “é possível viver bem no semiárido e que a luta das comunidades da Chapada do Apodi representa a reafirmação de um povo que quer permanecer em suas terras”. Já Lidiane que representa a Marcha Mundial de Mulheres relatou sobre a importância da participação e organização das mulheres da Chapada do Apodi e região no processo de resistência ao Projeto da Morte. Por fim a coordenadora do MST Neide agradeceu pela visita e reafirmou sobre a importância do apoio que o acampamento tem recebido dos movimentos sociais de outras regiões do Estado, no caso a região do Seridó.

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