Já
disse aqui neste espaço inúmeras vezes que a presidenta estadual do PSB e
vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria, é uma verdadeira “raposa política”. A
“guerreira”, como é chamada, faz política como quem joga xadrez. E nesse
tabuleiro é uma expert. Agora mesmo quando os Alves pensam em levantar a
bandeira branca para ela com um discurso pouco convincente de que acabou o
radicalismo na política do Rio Grande do Norte, Wilma vai a telinha com as
inserções do PSB já ensaiando uma candidatura própria ao governo do estado.
– Eu nunca acreditei no projeto do atual governo.
Certamente
a fala foi dirigida não só a governadora Rosalba Ciarlini (DEM), como também ao
PMDB dos Alves, até pouco tempo aliado do governo do Democratas. E aí como fica
o presidente da Câmara e estadual do PMDB, deputado Henrique Alves, e o próprio
ministro Garibaldi Alves, que já admite uma aliança com Wilma para as eleições
de 2014, quando esta leva ao ar críticas indiretas aos peemedebistas. Sim,
porque o PMDB um dia acreditou no governo Rosalba. Wilma diz que ela não, nunca
acreditou. A mensagem, claro, é dirigida também ao eleitor, pois que Rosalba
atinge quase 100% de rejeição. Isso quer dizer que Wilma deu um recado sutil.
Ou seja, ou o PMDB abre o guarda-chuva pra ela, como Henrique Alves cogita ou
ela vai à luta disputando o governo do estado, o que Henrique não deseja.
Prefere tê-la como aliada. E o PT, de Fátima Bezerra, candidata ao Senado, onde
fica nisso? Não fica! Ou melhor, o PMDB quer formar um balaio de gato com o
peemedebistas, socialistas e petistas juntos num mesmo palanque. O detalhe é
que tanto o PT como o PSB terão candidatos próprios à Presidência da República.
Fato
é que Wilma de Faria já está tirando a sua carta de seguro. Acaso o PT finque
pé em não aceitar subir no mesmo palanque que Wilma e pressione o PMDB para
abdicar do projeto do guarda-chuva, Wilma, que não é boba, já tem o discurso
pronto de oposição ao governo Rosalba. e pra isso, cutuca o PMDB com vara
curta.
O
recado começou a ser dado pela “guerreira” só não enxerga quem não quer. É por
isso que digo: o radicalismo nunca acabou na política papa-jerimum, isso é
conversa pra boi dormir. Basta Wilma se lançar candidata ao governo novamente
que as acusações de ambas as partes voltam ao cenário político. Aliás, as
entrelinhas da fala de Wilma nas inserções do PSB deixam isso bem claro, até
porque o PMDB diz que terá candidatura própria.
Digamos,
caro leitor, que Wilma se lance candidata ao governo. Naturalmente vai usar o
discurso da oposição genuína ao governo Rosalba, e com razão, o que o PMDB não
terá. Henrique e Garibaldi serão acusados de que deram apoio ao governo Rosalba
e que são culpados também pelo caos instalado no estado. Mas se for agraciada
pelo guarda-chuva, óbvio, o seu discurso muda. Vai está aliada ao PMDB que um
dia foi aliado de Rosalba.
Portanto,
Wilma já mexeu a primeira pedra do tabuleiro do xadrez político. Os Alves estão
naquela de analisar o jogo ainda na defensiva. Não se pronunciam de jeito e de
maneira nenhuma quem será o seu candidato a governador. Querem ganhar o jogo
com uma eventual desistência de Wilma ao governo. Para isso oferecem a ela um
guarda-chuva propondo uma candidatura sua à Câmara dos Deputados. Falta apenas
combinar com o PT e com o povo.
Fica
a critério de cada um o entendimento da análise, inclusive, dos maiores
interessados, os políticos.
Fonte: o blogdobarbosa
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