“Os perímetros irrigados vêm evoluindo no sentido
claro de ser um espaço geopolítico do capital no semiárido.” É o que afirmou a
médica Raquel Ragotto, professora da Universidade Federal do Ceará (UFCE), neste
sábado (17), durante seminário realizado no III Encontro Nacional de
Agroecologia (ENA), em Juazeiro, na Bahia. Ragotto lançou o dossiê “Perímetros
Irrigados: 40 anos de violação de direitos no semiárido”, que produziu junto a
outros 19 pesquisadores das áreas de geografia, história, direito, meio clique aqui ambiente e saúde, vinculados a cinco universidades do Nordeste. O
documento analisa os impactos de 5 territórios de perímetro irrigado (PI) sobre
a vida de comunidades nos estados do Ceará e Rio Grande do Norte. De acordo com
a professora, que é também representante da Rede Brasileira de Justiça
Ambiental e da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), o estudo
partiu de uma demanda do Movimento 21, que reúne movimentos sociais do
campo, como Cáritas Diocesana de Limoeiro do Norte, Movimento dos Trabalhadores
Rurais.
Francisco Edilson Neto, líder do Sindicato dos
Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Apodi, é um dos agricultores ameaçados
pelos perímetros irrigados. A Chapada do Apodi, região em que vive, já foi
ocupada pelas grandes corporações em seu lado cearense – ela se localiza na
divisa do estado com o Rio Grande do Norte. Desde quando foi inaugurado o PI
Jaguaribe-Apodi, diversas famílias agricultoras perderam seus sítios para
empresas como Fruta Cor, Bananas do Nordeste S/A e Del Monte Fresh Produce.
Agora, um novo sistema de clique aqui irrigação (PI Santa Cruz do Apodi) está sendo construído, dessa vez na
parte norte-rio-grandense. “Esse projeto vai expulsar 6 mil pessoas de suas
terras”, afirmou Neto. Em sua fala, ele destacou ainda a importância de se
analisar e comparar diversos casos semelhantes, como fizeram os autores da
pesquisa. “É muito interessante que a gente junte esses conflitos. O problema é
de todo mundo, não só de Apodi. Nós estamos perdendo os territórios. Se a gente
não lutar, não vamos ter mais nenhum camponês no próximo ENA”, declarou.
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Um comentário:
Na chapada do Apodi todinha não tem seis mil pessoas imagine campones,esse Presidente do STR de Apodi só fala mentiras e sem numeros não diz o que sabe e nem sabe o que diz. São pessoas que ele manipula para se manter a frente de um Sindicato que não dã respostas. Veja a produção desse 12 anos de governo do PT nos assentamentos rurais de Apodi, só bolsa familia e mais nada. Cadê o dinheiro do D. Helder Camara, das ASA, do Banco do Nordeste, para agricultura familiar, produziram o que? abastece que mercado? Apodi consome o que desses assenatamentos!tenho dito.
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