segunda-feira, 26 de maio de 2014

Perímetros irrigados: o espaço clique aqui geopolítico do capital no semiárido

“Os perímetros irrigados vêm evoluindo no sentido claro de ser um espaço geopolítico do capital no semiárido.” É o que afirmou a médica Raquel Ragotto, professora da Universidade Federal do Ceará (UFCE), neste sábado (17), durante seminário realizado no III Encontro Nacional de Agroecologia (ENA), em Juazeiro, na Bahia. Ragotto lançou o dossiê “Perímetros Irrigados: 40 anos de violação de direitos no semiárido”, que produziu junto a outros 19 pesquisadores das áreas de geografia, história, direito, meio clique aqui ambiente e saúde, vinculados a cinco universidades do Nordeste. O documento analisa os impactos de 5 territórios de perímetro irrigado (PI) sobre a vida de comunidades nos estados do Ceará e Rio Grande do Norte. De acordo com a professora, que é também representante da Rede Brasileira de Justiça Ambiental e da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), o estudo partiu de uma demanda do Movimento 21, que reúne movimentos sociais do campo, como Cáritas Diocesana de Limoeiro do Norte, Movimento dos Trabalhadores Rurais.

Francisco Edilson Neto, líder do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Apodi, é um dos agricultores ameaçados pelos perímetros irrigados. A Chapada do Apodi, região em que vive, já foi ocupada pelas grandes corporações em seu lado cearense – ela se localiza na divisa do estado com o Rio Grande do Norte. Desde quando foi inaugurado o PI Jaguaribe-Apodi, diversas famílias agricultoras perderam seus sítios para empresas como Fruta Cor, Bananas do Nordeste S/A e Del Monte Fresh Produce. Agora, um novo sistema de clique aqui irrigação (PI Santa Cruz do Apodi) está sendo construído, dessa vez na parte norte-rio-grandense. “Esse projeto vai expulsar 6 mil pessoas de suas terras”, afirmou Neto. Em sua fala, ele destacou ainda a importância de se analisar e comparar diversos casos semelhantes, como fizeram os autores da pesquisa. “É muito interessante que a gente junte esses conflitos. O problema é de todo mundo, não só de Apodi. Nós estamos perdendo os territórios. Se a gente não lutar, não vamos ter mais nenhum camponês no próximo ENA”, declarou. 

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Um comentário:

Anônimo disse...

Na chapada do Apodi todinha não tem seis mil pessoas imagine campones,esse Presidente do STR de Apodi só fala mentiras e sem numeros não diz o que sabe e nem sabe o que diz. São pessoas que ele manipula para se manter a frente de um Sindicato que não dã respostas. Veja a produção desse 12 anos de governo do PT nos assentamentos rurais de Apodi, só bolsa familia e mais nada. Cadê o dinheiro do D. Helder Camara, das ASA, do Banco do Nordeste, para agricultura familiar, produziram o que? abastece que mercado? Apodi consome o que desses assenatamentos!tenho dito.