quarta-feira, 23 de julho de 2014

Voto é voto, não tem classe social e muito menos cor partidária

Vamos deixar de hipocrisia e achar que o voto da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) vale menos do que o voto, por exemplo, do ministro Garibaldi Alves (PMDB). Voto é voto, não tem classe social e muito menos cor partidária. E outra: voto não é mercadoria pra valer o quanto pesa. Tem razão o candidato a governador Robinson Faria (PSD) quando disse que “Rosalba é uma cidadã, é uma mulher. Ela, ou Maria, ou Marisa ou qualquer pessoa tem o livre arbítrio para votar em quem quiser. Eu não sou prepotente ou arrogante para rejeitar o voto de ninguém”, disse o candidato em entrevista ao Jornal 96, nesta terça-feira na 96FM.

E outra: voto não é apoio, mais sim o exercício da cidadania que todo cidadão tem direito, seja ele político ou não. Rejeitar um voto é o mesmo que rejeitar dinheiro. Político para se eleger precisa de voto seja a que cargo ele esteja disputando. Não fosse assim os releases das assessorias de imprensa dos candidatos não abusavam do mesmo do mesmo. Fulano recebe apoio de prefeito tal. Cicrano conta com o apoio dos vereadores tais, tais e tais. E o que significa apoio? Por acaso não é o voto não?

Ora,ora,ora. Vamos e convenhamos o voto da governadora Rosalba Ciarlini, por mais desgastado que esteja o seu governo, pesa tanto quanto o “provável” voto da vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria (PSB), candidata ao Senado, no candidato a governador Henrique Alves (PMDB). Assim como Rosalba, Wilma já foi governadora e deixou o governo debaixo de escândalos envolvendo até familiares. Mas nem por isso o seu voto deve ser menosprezado. Wilma de Faria, acima de tudo é uma cidadã e como tal tem também, assim como Rosalba, o direito de exercer a sua cidadania.

Está se dando muita importância ao voto de Rosalba, assim como fizeram na eleição passada para prefeito de Natal, quando a ex-prefeita Micarla de Sousa chegou a anunciar o voto em Carlos Eduardo Alves (PDT), que acabou se elegendo e, certamente, com o voto de Micarla também. Que se critique Rosalba Ciarlini pelo seu governo, mas não pelo seu hipotético voto em Robinson Faria.

Se há um voto a ser valorizado é o do povo. Este sim, deveria ser a preocupação dos políticos. Ficar discutindo se o voto de Rosalba em Robinson vai atrapalhar a sua candidatura é o mesmo que pensar que o voto do senador José Agripino Maia, presidente nacional do DEM, também vai atrapalhar a candidatura de Henrique Alves.

Aliás, o jornalista Cláudio Humberto, em sua coluna Diário do Poder, divulgou ontem sob o título “Só pra contrariar” um texto que dizia o seguinte:

A governadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN) tem pedido a prefeitos votos para a deputada Fátima Bezerra (PT) ao Senado contra Wilma de Faria (PSB), que está na chapa apoiada pelo senador José Agripino (DEM).

Em tempo: Agripino vota em Wilma, então. Que por sua vez deve votar no deputado federal Felipe Maia, filho de Agripino. E assim vai…

Vamos deixar de ser hipócritas!

Fonte: Blog do Barbosa

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