Vamos deixar de hipocrisia e
achar que o voto da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) vale menos do que o
voto, por exemplo, do ministro Garibaldi Alves (PMDB). Voto é voto, não tem
classe social e muito menos cor partidária. E outra: voto não é mercadoria pra
valer o quanto pesa. Tem razão o candidato a governador Robinson Faria (PSD)
quando disse que “Rosalba é uma
cidadã, é uma mulher. Ela, ou Maria, ou Marisa ou qualquer pessoa tem o livre
arbítrio para votar em quem quiser. Eu não sou prepotente ou arrogante para
rejeitar o voto de ninguém”, disse o candidato em entrevista ao Jornal 96,
nesta terça-feira na 96FM.
E outra: voto não é apoio,
mais sim o exercício da cidadania que todo cidadão tem direito, seja ele
político ou não. Rejeitar um voto é o mesmo que rejeitar dinheiro. Político
para se eleger precisa de voto seja a que cargo ele esteja disputando. Não
fosse assim os releases das assessorias de imprensa dos candidatos não abusavam
do mesmo do mesmo. Fulano recebe apoio de prefeito tal. Cicrano conta com o
apoio dos vereadores tais, tais e tais. E o que significa apoio? Por acaso não
é o voto não?
Ora,ora,ora. Vamos e
convenhamos o voto da governadora Rosalba Ciarlini, por mais desgastado que
esteja o seu governo, pesa tanto quanto o “provável” voto da vice-prefeita de
Natal, Wilma de Faria (PSB), candidata ao Senado, no candidato a governador
Henrique Alves (PMDB). Assim como Rosalba, Wilma já foi governadora e deixou o
governo debaixo de escândalos envolvendo até familiares. Mas nem por isso o seu
voto deve ser menosprezado. Wilma de Faria, acima de tudo é uma cidadã e como
tal tem também, assim como Rosalba, o direito de exercer a sua cidadania.
Está se dando muita
importância ao voto de Rosalba, assim como fizeram na eleição passada para
prefeito de Natal, quando a ex-prefeita Micarla de Sousa chegou a anunciar o
voto em Carlos Eduardo Alves (PDT), que acabou se elegendo e, certamente, com o
voto de Micarla também. Que se critique Rosalba Ciarlini pelo seu governo, mas
não pelo seu hipotético voto em Robinson Faria.
Se há um voto a ser valorizado
é o do povo. Este sim, deveria ser a preocupação dos políticos. Ficar
discutindo se o voto de Rosalba em Robinson vai atrapalhar a sua candidatura é
o mesmo que pensar que o voto do senador José Agripino Maia, presidente
nacional do DEM, também vai atrapalhar a candidatura de Henrique Alves.
Aliás, o jornalista Cláudio
Humberto, em sua coluna Diário
do Poder, divulgou ontem sob o título “Só pra contrariar” um texto
que dizia o seguinte:
- A governadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN) tem
pedido a prefeitos votos para a deputada Fátima Bezerra (PT) ao Senado contra
Wilma de Faria (PSB), que está na chapa apoiada pelo senador José Agripino
(DEM).
Em tempo: Agripino vota em Wilma, então. Que por sua vez deve
votar no deputado federal Felipe Maia, filho de Agripino. E assim vai…
Vamos deixar de ser
hipócritas!
Fonte: Blog do Barbosa
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