terça-feira, 21 de outubro de 2014

Quem disse que o radicalismo acabou na política papa-jerimum

Começo repetindo o que sempre disse. O radicalismo na política do Rio Grande do Norte nunca acabou, isso é conversa pra boi dormir! Na verdade esse discurso só serve para alimentar o desejo de se manter no poder das oligarquias, interessadas em que o radicalismo não prevaleça sobre elas. Mas basta um clã, entre os vários que temos no estado, ser ameaçado de ser destronado, pronto, o discurso anti-radicalismo é esquecido na lata do lixo.

Agora mesmo, caro leitor, no segundo turno das eleições estamos vendo a baixaria ser protagonizada. O marketing do candidato a governador, presidente da Câmara Henrique Alves (PMDB), e alguns dos seguidores de sua candidatura nas redes sociais, nos proporcionaram nos últimos dias ao menos dois exemplos claros de baixaria. A primeira levada as redes sociais na última sexta-feira, onde um Fake colocou uma postagem grosseira de uma suposta reportagem da Folha de S. Paulo, colocando que o opositor de Henrique, Robinson Faria (PSD), estava sendo delatado na Operação Sinal Fechado, escândalo ocorrido no fim do governo passado envolvendo o Detran-RN, quando Robinson foi apenas arrolado como testemunha do caso.

Na segunda, uma peça publicitária levada ao ar na noite desta segunda-feira pelo programa eleitoral de Henrique Alves, considerada pelo candidato Robinson Faria como uma informação difamatória e injuriosa, cujo resultado está sendo um processo movido contra o peemedebista, a “Coligação União pela Mudança” diz que “o vice-governador Robinson Faria, candidato do PSD ao governo do estado, possui 98 apartamentos no condomínio Caravelas, em Parnamirim, todos dentro do programa Minha Casa, Minha Vida e não paga as faturas do condomínio desde novembro, totalizando um débito de R$ 153.082,64″.

Como resposta, a “Coligação Liderados pelo Povo”, além de entrar com uma representação criminal junto a Procuradoria Geral da República contra Henrique Alves, protocolou também junto ao TRE, pedido de direito de resposta, já que o programa eleitoral de Henrique teria veiculado informações “sabidamente inverídicas”. Parafraseando o jornalista Josias de Souza em um texto publico hoje em seu blog digo que a usina de demolição em que se converteu a campanha de Henrique Alves tenta passar no moedor a imagem de Robinson Faria como forma de desconstruir a sua candidatura.

A bem da verdade, a campanha de Henrique Alves demonstra claramente neste segundo turno que o radicalismo, quando se “faz necessário”, nunca acabou em terras de Poti, ao mesmo tempo que isso também demonstra o desespero de uma candidatura que se pensava vencedora em turno único, mas que acabou naufragando no próprio índice de rejeição do candidato Henrique Alves.

A baixaria que tanto Henrique Alves “condenou” no primeiro turno, agora sim está se verificando. O pau não bateu em Francisco no primeiro turno, mas está batendo em Chico no segundo turno de forma baixa e rasteira.

Fonte: Blog do Barbosa

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