No dia 30 de maio, o encontro Mulher, Saúde
e Território reunirá cerca de 200 mulheres das comunidades rurais de Apodi com
o tema “trabalhadoras rurais em defesa da vida e contra o agronegócio” com o
objetivo de discutir sobre os impactos do agronegócio na saúde e nos
territórios das mulheres. O encontro acontecerá a partir das 8h no auditório do
Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais – STTR de Apodi.
A parte da manhã será dedicada aos
movimentos e organização das mulheres e de seus grupos rumo à 4ª Ação
Internacional da Marcha Mundial das Mulheres que, este ano, ocorre em todo o
território nacional, finalizando com ações no Ceará, Apodi e Mossoró em outubro
com o tema: Corpos e Territórios: Resistências e Alternativas.
Acontecerá ainda pela manhã, o lançamento
oficial da Marcha das Margaridas, marcha que reunirá mulheres camponesas de
todo o Brasil em Brasília entre 11 e 12 de agosto, lutando para fazer o Brasil
avançar no combate à pobreza, no enfrentamento à violência contra as mulheres,
na defesa da soberania alimentar e nutricional e na construção de uma sociedade
sem preconceitos de gênero, de cor, de raça e de etnia, sem homofobia e sem
intolerância religiosa. Seguimos denunciando, reivindicando, propondo e
negociando ações e políticas públicas, que contribuam na construção de um
“Desenvolvimento Sustentável com Democracia, Justiça, Autonomia, Igualdade e
Liberdade”.
A tarde será dedicada à mesa com a
representante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Lourdes
Vicente, que apresentará os resultados da sua pesquisa de mestrado,
intitulada “Gritos, silêncios e sementes: As repercussões do processo de
des-re-territorialização empreendido pela modernização agrícola sobre o
ambiente, o trabalho e a saúde das mulheres camponesas na Chapada do Apodi/CE”.
A dissertação de Lourdes apontou para a diversidade de experiências que são
desenvolvidas pelas mulheres da Chapada do Apodi mostrando que aquele não é
apenas o território do agronegócio, mas um território onde ainda existe
resistência.
Ivone Brilhante, da Marcha Mundial das
Mulheres e do STTR Apodi fala que: “o momento será de animar, organizar e
formar a mulherada pra fortalecer as lutas de todo dia pela agroecologia e
igualdade, contra as opressões e invasões de nossas vidas e nossos
territórios”.
Fonte: Blog do CF8
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