Nos dias 30 e 31 de julho aconteceu o Curso
de Gerenciamento dos Recursos Hídricos Escolar (GRHE), do município de Apodi/RN,
dentro do Projeto de Cisterna nas Escolas. O curso teve o objetivo de capacitar
os profissionais que cuidam de uma parte muito importante na escola e
fundamental no desenvolvimento do projeto: a água e a merenda escolar. Ao todo
foram beneficiadas cerca de quinze escolas da zona rural do município, que
receberão uma Cisterna com capacidade para armazenar 52 mil litros de água.
Na ocasião, alguns temas relacionados com a
convivência com o semiárido, as tecnologias sociais, as doenças que podem ser
transmitidas pela água e pelos alimentos, além dos cuidados com a cisterna
foram tratados no curso. O Secretário de Educação do município, Caubi Torres,
também participou de um dos momentos da formação e ressaltou a importância do
projeto para a permanência e continuidade das escolas da comunidade rural.
As merendeiras e auxiliares de serviços
gerais foram bastante participativos no curso e puderam compartilhar entre si
suas experiências profissionais e os principais desafios que eles enfrentam
diariamente em relação à escassez da água.
De acordo com o facilitador do curso,
Adriano Oliveira, a oficina foi bastante proveitosa, pois, atingiu todas as
expectativas, promovendo o debate, a interação e o envolvimento dos
participantes. “Eles assumiram junto conosco o compromisso e a responsabilidade
de construir esse projeto. É importante quando eles se sentem parte do processo
porque assim nós podemos lutar de fato pela democratização da água”, afirmou.
O Projeto
O Projeto Cisterna nas Escolas está sendo
executado pelo Centro Terra Viva e financiado pelo Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate a Fome (MDS). Suas ações fazem parte do
programa de convivência com o semiárido da Articulação Semiárido Brasileiro
(ASA).
O projeto prevê a construção de 83
cisternas de 52 mil litros em dez municípios localizados entre as regiões do
Médio e Alto Oeste Potiguar como: Felipe Guerra, Apodi, Severiano Melo,
Caraúbas, Campo Grande, Janduís, Rafael Godeiro, Almino Afonso, Patu e Antônio
Martins. Até janeiro, os municípios de Umarizal, Olho D’água do Borges e
Upanema também devem ser inclusos, totalizando treze cidades.
Além da construção da cisterna, outro
grande desafio do projeto é o de capacitar os profissionais que trabalham nas
escolas rurais como merendeiras, auxiliares e professores (as) para fazer uma
reflexão sobre o tipo de educação existente nessas escolas. Até novembro, mais
de 300 profissionais devem ser capacitados pelo projeto nos cursos de GRHE e
Educação contextualizada, com foco para uma educação mais adaptada ao contexto
do semiárido e das formas de convivência sustentável.
Para a coordenadora do projeto, Cláudia
Mota, a escola é o ambiente mais importante da comunidade e o projeto
possibilita trabalhar o tema da convivência com o semiárido de forma integrada
com a escola, garantindo que a merenda seja feita com água de qualidade e
conscientizando os profissionais através das formações o quão importantes são
essas estratégias para se viver bem nessa região.
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