O
ex-vice-presidente de fundos de governo e loterias da Caixa, Fábio Cleto,
relatou em sua delação premiada que recebeu um total de R$ 7,3 milhões em
propina de dez empresas, em troca da liberação de recursos do Fundo de
Investimento do FGTS (FI-FGTS) para essas empresas.
Segundo
o ex-dirigente da Caixa, ele teria direito a 8% da propina acordada, mas
repassava metade a um sócio.
O
hoje presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), era
destinatário de 80% do repasse, diz. Por essa relação, levando em conta o que o
delator diz ter embolsado (R$ 7,3 milhões), Cunha ficaria com pelo menos R$ 90
milhões do esquema.
Fábio
Cleto também revelou o nome do ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves.
Segundo ele, o ex-ministro indicou empresas interessadas no esquema de
liberação facilitada de recursos do FGTS.
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