Até
o final do dia, o brasileiro terá pago R$ 1 trilhão em tributos. É essa a marca
que o Impostômetro mostrará ainda hoje (05). Instalado na frente da Faculdade
Maurício de Nassau, em Natal, a calculadora apresentará o montante mais tarde
neste ano. Os especialistas afirmam que a demora se deve à retração econômica,
o que resultou em uma arrecadação menor, embora os números ainda chamem atenção
tendo em vista que o Brasil é 30º país do mundo em retorno à população com
serviços que promovam o bem-estar da sociedade.
É
isso o que mostra uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributária
(IBPT) responsável pelo cálculo do Impostômetro. De acordo com a entidade, o
Brasil fica atrás de países como Austrália e Coreia do Sul, que teriam cargas
tributárias semelhantes, mas um Índice de Retorno e Bem Estar Social (IRBES)
muito melhores. Para chegar ao resultado, foram comparados quanto os países
arrecadam em impostos e tributos e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
Para
pagar menos, a população precisa estar atenta à incidência de impostos diretos
como, por exemplo, o Imposto de Renda. Com a orientação de um profissional de
Contabilidade, é possível reduzir o pagamento. No entanto, não é possível
escapar do pagamento indireto: aqueles impostos que estão embutidos no preço de
produtos.
É
o que explica a professora do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Maurício
de Nassau e especialista em Análise Tributária, Edna Medeiros. “A única forma
seria deixando de consumir, o que é praticamente impossível”.
ESTADO
No
Rio Grande do Norte, a arrecadação de tributos hoje já chega a mais de R$ 6,3
bilhões, segundo cálculos do Impostômetro. O número é menos de 1% do montante
do Brasil, mas o peso é sentido diariamente no bolso do consumidor.
Para
se ter uma ideia, um simples aparelho de barbear possui embutido em seu preço
final mais de 40% de impostos. No setor de alimentação, um produto básico como
o açúcar tem 30,6% de tributos em seu preço.
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