A visão contemporânea do Brasil leva a conclusões
desagradáveis. Os nossos líderes políticos não foram capazes de colocar o país,
de forma efetiva, no trilho do desenvolvimento. Há 500 anos somos pobres, mal
educados, e agora violentos.
Nossas experiências de governos ditatoriais e
democráticos nos legaram divisões sociais, depreciação moral e colapso na
economia. Nenhum governante brasileiro até hoje conseguiu priorizar a educação
e transformar o país através de professores. É a polícia que cuida da juventude
desassistida sem presente e sem futuro, pois a escola foi negada.
O estado não ensinou a ler, nem a escrever, ou a ter uma
profissão. Mas abriu as portas para o tráfico de drogas, o trabalho informal, a
pobreza e a desesperança. A esquizofrenia se apoderou do cenário político. A
sociedade brasileira perdeu o discernimento para avaliar o que lhe serve e o
que deve ser repudiado. As pessoas criticam, condenam, mas no dia da eleição
votam novamente nos que já exercem o poder carcomido.
O processo político eleitoral é cruel e inibe pessoas de
bom senso que poderiam contribuir. Os afoitos e inconsequentes encontram
terreno fértil e levam vantagem sempre. Há muito perdemos a nossa liberdade.
Não somos livres. Não podemos sequer caminhar nas nossas ruas sem o risco de
uma agressão por vezes letal.
Nos roubaram as nossas cidades. Aos olhos das
civilizações mais avançadas, somos uma nação primitiva em pleno século XXI.
Triste Brasil.
Por Ângelo Castelo Branco
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