sábado, 21 de outubro de 2017

"É isso aí! Vamos nos armar". Sério?

Vou dizer o que eu acho sobre o porte de armas. A gente vive uma situação tão, mas tão lamentável na segurança, que é natural pensar em andar armado.

Aí vem o Bolsonaro e dá cinco tiros precisos no peito do alvo. Tiro de militar treinado. As balas, inclusive, se sobrepuseram. Aí tem quem bata palma.

"É isso aí! Vamos nos armar". Sério?

Quem você acha que é? O Bruce Willis?

Então vamos criar um curta metragem. Você se arma e pratica num clube de tiro.

O tiozinho do carro de trás, miope e com tremedeira tem arma, mas nunca atirou. Comprou na feira do Alecrim, conselho do sobrinho. O garoto que saiu de uma festa e está dirigindo bêbado também está armado. Adora mostrar o treizoitão pros amigos.

E agora estão vocês três, parados no trânsito da Ponte Newton Navarro, durante o arrastão. Você, com mira de Bolsonaro, acerta um saco de areia do seu treizoitinho no peito do ladrão.

O tiozinho não deu sorte e tem seu revólver roubado pelo assaltante. E toma um tiro na cara pra deixar de ser babaca. O garotão mirou bem, mas acertou a criança no banco de trás do carro ali da frente.

E você chama isso de "solução para a segurança". Não é.

Solução é urna. Solução é emprego. Solução é educação.

Mas é só o que eu acho.

Na Democracia, você pode querer o que quiser.

Inclusive transformar um arrastão em chacina.

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