O movimento tem o objetivo de chamar a atenção da cúpula
do Planalto para a importância que o nome de Dona Militana, a maior romanceira
do Brasil, tem para a população de São Gonçalo do Amarante e do Rio Grande do
Norte. Ela desponta com enorme preferência popular para batizar o aeroporto.
Militana nasceu no sítio Oiteiros, na comunidade de Santo
Antônio dos Barreiros, de São Gonçalo do Amarante, em 19 de março de 1925. O
dom do canto ela herdou do pai, Atanásio Salustino do Nascimento, uma figura
folclórica do município. Dona Militana gravou na memória os cantos executados
por ele.
São romances originários de uma cultura medieval e
ibérica, que narram os feitos de bravos guerreiros e contam histórias de reis,
princesas, duques e duquesas. Além de romances, Militana canta modinhas, coco,
xácaras, moirão, toadas de boi, aboios e fandangos.
Ao descobrir a
preciosidade dos cantos de Dona Militana, na década de 90, o folclorista
Deífilo Gurgel deu uma grande contribuição à cultura brasileira e permitiu que
o país inteiro conhecesse o talento da filha da cidade de São Gonçalo do
Amarante. A romanceira chegou a gravar um CD triplo intitulado “Cantares”,
lançado em São Paulo e Rio de Janeiro.
Críticos e jornalistas de grandes jornais brasileiros se
renderam aos encantos e a peculiaridade da voz de Dona Militana. Em setembro de
2005, aconteceu o momento mágico quando ela recebeu das mãos do então
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Comenda Máxima da Cultura Popular,
em Brasília.
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