sexta-feira, 29 de julho de 2011

[veja] Ih! Quase esqueci a gata da semana. Mas ai está ela, tarados!


Hoje é sexta-feira, dia da gata da semana. Dia de biritar, curtir, beijar e amar. Olha só a posição, Dudu.

[espaço do leitor] Dodôra Maia: Símbolo da luta pela preservação do Lajedo da Soledade

Entre muitas pessoas especiais que tiveram a honra de vir ao mundo no sagrado chão apodiense, encontra-se dileta amiga conhecida internacionalmente graças à luta sem tréguas em prol da preservação das importantes pinturas rupestres encontradas no Lajedo da Soledade.

A saga heróica de Dodôra Maia coloca-a no mesmo patamar em que se encontra a célebre arqueóloga francesa Niéde Guidon, responsável pela preservação de importante sítio arqueológico na serra das capivaras, localizado no sul do Estado do Piauí.

O Lajedo da Soledade é o mais importante lócus das lembranças pretéritas em forma de pinturas deixadas pelos antigos moradores do interior norte-riograndese, razão pela qual Dodôra olvida há tempos imemoriais todos os esforços para que este importante patrimônio potiguar não seja transformado em matéria-prima para a construção civil e outros usos na espacialização geográfica.

A presença marcante da Petrobras na região garantiu infraestrutura necessária à ênfase para a preservação do sítio arqueológico do Lajedo da Soledade, intercalado com o fomento ao setor turístico, atividade que vem se tornando importante na região.
As pinturas rupestres encontradas na formação calcária da comunidade Soledade, município de Apodi (RN), encantam por mostrarem coisas do cotidiano dos índios que durante muito tempo foram donos absolutos da terra colonizada pelos lusitanos.
O Lajedo da Soledade é um capricho da natureza que, com a mais absoluta certeza, encantou os índios, pois a água sulcou o calcário de forma que foram formadas belíssimas estruturas em razão da ação hídrica sobre a rocha de origem biológica.

Impossível responder com precisão absoluta o que o Lajedo da Soledade representava para os antigos donos da terra, pois não se sabe com certeza se era um lugar destinado aos cultos religiosos ou mais um abrigo contras as intempéries, tendo em vista que o baixo grau tecnológico dos nossos indígenas não permitiu construções mais sofisticadas. Aproveitavam o que a natureza oferecia, sobretudo no que tange às cavernas, as quais eram transformadas em habitats, em abrigo contra os perigos daqueles tempos. 

Consciente de que as gerações presentes e futuras necessitam desfrutar das belezas deixadas pelos antigos moradores de antes da chegada dos portugueses, Dodôra vem empenhando todos os esforços no sentido de que haja freio na ausência de compromisso de alguns seres humanos para com a nossa história e nossas riquezas, pois a lógica do capital suscita a destruição de coisas belas em função do implemento a um progresso duvidoso que vem penalizando formidavelmente a natureza e as obras pretéritas legadas por antigas gerações.

Dodôra Maia, indubitavelmente, é um símbolo da luta pela preservação do Lajedo da Soledade, pois se não fossem os esforços e a sua garra talvez não teríamos o conjunto de pinturas rupestres que marcam de forma indelével a conhecida comunidade apodiense.

(*) José Romero. Geógrafo. Professor-adjunto da UERN. Contato: romerocardoso@uol.com.br

quarta-feira, 27 de julho de 2011

[leia] Túnel do Tempo (parte 37). “Lá se vão…”


Hoje é quinta-feira, dia do quadro Túnel do Tempo!

Quem aparece no 'retrato'? Resposta: Antonio Filho Praxedes e Sandonayte, mas conhecido por Sanção de Tota Amorim. O ano é de 1989 (1ª loja de sacolas de Tota em frente à Praça Robson Lopes, mas precisamente na casa de Dôrinha).

Colabore com o quadro Túnel do Tempo. Participe!

Envie seu retrato para jdapodiario@hotmail.com

domingo, 24 de julho de 2011

[leia] Em pleno Século XXI, ainda existem casa de taipa em Apodi

Sebastião Moreira de 72 anos, mais conhecido por Sebastião de Nenzinha, morador do Sítio Santa Rosa II. Ele é único morador da comunidade que ainda reside em casa de taipa.
As casas feitas de barro que ainda hoje servem de moradia para dezenas de apodienses estão no centro de uma questão de saúde pública. 

Até hoje, elas fazem parte da paisagem do sertão. O agricultor Sebastião Moreira sempre viveu numa casa de taipa, em Apodi. "Estou nessa de agora, que recebi de herança e vou ficar até algum dia conseguir terminar a minha de alvenaria com ajuda de amigos”
, contou. 



Segundo o IBGE, ainda existem no Brasil mais de 600 mil casas como estas, feitas de barro e madeira.  Elas se multiplicaram nas regiões Norte e o Nordeste do país, por causa do baixo custo e da facilidade para construir. "Só barro, não tem cimento”, explicou um morador.
O problema é que a estrutura favorece a proliferação de insetos, principalmente o barbeiro, transmissor da doença de Chagas. 

"Se aquela infecção for recente, existe a cura quando ela se cronifica você vai conviver com os sintomas, vai lidar com esses sintomas e tentar prolongar o máximo possível a vida do paciente com Chagas", explicou o coordenador de endemias de Apodi, Damião. 

O vento, a chuva forte, tudo isso leva embora rapidamente o barro que reveste a parede das casas de taipa. Quando surgem as brechas pelo lado de fora, elas servem de moradia para o barbeiro e os buracos que aparecem acabam virando porta de entrada para o transmissor da doença de Chagas.

Conseguir morar numa casa de tijolo antes de contrair a doença de Chagas é um sonho para quem ainda vive entre paredes de barro: "Se puder escolher, claro que a pessoa mora em uma casa mais segura".

O Senhor Sebastião de Nenzinha, luta desde a muito para trocar sua casa de pau a pique, onde me diz reside desde 1961, por uma casa de alvenaria. O Senhor Sebastião confessou ao professor Toinho que já tentou por diversas vezes, nesses últimos 16 anos pedir ajudar aos administradores municipais para fazer sua casa de alvenaria e não teve sucesso.

Seu Sebastião, cansado de esperar por promessas não cumpridas pelos administradores municipais, resolveu ele mesmo, com recursos próprios do seu aposento e a ajuda da comunidade, ir realizando aos poucos o seu sonho e está construindo sua casa de alvenaria logo ao lado da que reside desde longa data.