sábado, 31 de março de 2012

[leia] Religião e Política

Religião e política formam uma mistura que, embora frequentemente problemática, jamais deixou de vigorar, ao longo da história das nações. E não há sinais de que venha a deixar.

Nos países muçulmanos, são indissociáveis. Nos países cristãos, há separação formal entre Igreja e Estado, o que não torna necessariamente o quesito religião ausente do processo político.

Na Inglaterra, mesmo sendo laico, o Estado mantém a tradição que faz da rainha chefe da Igreja Anglicana e exibe em sua bandeira uma vistosa cruz cristã.

Na Argentina, é o arcebispo de Buenos Aires quem recebe o juramento do presidente da República, de, perante “Deus e os Santos Evangelhos”, cumprir a Constituição.

No Brasil, não há esse formalismo, o que não significa que a sociedade é menos sensível a questões religiosas. Elas envolvem valores, cultura e tradições. Por isso mesmo, a primeira providência das revoluções, desde a francesa, no século XVIII, é investir contra as religiões.
Não é casual que, no decorrer das campanhas eleitorais, os candidatos brasileiros façam fila junto aos dirigentes dos principais cultos, participando de ritos, quando não assumindo-se publicamente como fiéis convictos, mesmo não sendo.

Basta lembrar as últimas eleições. O tema do aborto surgiu da manifestação espontânea de pastores evangélicos e de prelados católicos, preocupados com a tramitação de propostas no Congresso, de iniciativa de parlamentares do PT.

Além da questão do aborto, havia (há) uma proposta de lei, o PL 122, em tramitação no Senado, que pune manifestações, inclusive religiosas, contra a prática homossexual, também de autoria de uma petista, a senadora Marta Suplicy.

Enviado por Ruy Fabiano

Um comentário:

Anônimo disse...

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