Governadoria estará em disputa, mas alianças estão indefinidas |
A Tribuna do Norte também destaca que as pré-candidaturas a
presidente da República que surgem no cenário nacional tendem a criar novos
cenários para alianças que estão em articulação no Rio Grande do Norte para o
pleito do próximo ano. O projeto do governador de Pernambuco, Eduardo Campos,
presidente nacional do PSB, de disputar a sucessão da presidenta Dilma Rousseff
teria as implicações mais amplas. Uma delas seria praticamente inviabilizar uma
nova coligação entre o PT e o PSB, algo que ocorreu nas três últimas disputas
estaduais.
A candidatura da presidenta à reeleição, aliada ao PMDB,
poderia ser um entrave ao apoio dos peemedebistas potiguares à candidatura a
reeleição da governadora Rosalba Ciarlini (DEM). Embora a legislação brasileira
não obrigue a verticalização das coligações, ou seja, a mesma aliança firmada
no plano nacional seja reproduzida no cenário local, a rivalidade e tensão da
disputa pela Presidência da República, em um possível cenário com quatro
candidatos com densidade eleitoral e visibilidade nacional, pode trazer como
reflexos e afastamentos de aliados regionais.
O ministro da Previdência, Garibaldi Filho, admite que o
ideal é o PMDB ter uma candidatura própria ao Governo ou apoiar um candidato da
coligação de apoio à presidenta, mas ele considera que as alianças definidas
para a eleição presidencial não travam, necessariamente, as composições nos
estados. Ele lembra que nem sempre as campanhas estaduais são sintonizadas com
o pleito federal. “Tenho consciência de que, quanto ao PMDB, o ideal era que
tivesse candidatura própria ou até não própria, mas identificada com o apoio
que o partido nacional já antecipou a Dilma Rousseff”. Mas nunca se sabe. “Principalmente
agora quando ainda falta esse tempo”, reiterou.
O presidente estadual do PR, João Maia, pensa de forma
similar. “Não acredito que a gente desfaça os acordos locais em função dos
nacionais, avalia. O deputado
federal afirma que o PR permanece alinhado com o PMDB. É a nossa aliança
preferencial qualquer que seja o projeto”, garante.
O deputado estadual Fernando Mineiro (PT) tem outra
avaliação. Para ele, o pleito do próximo ano deverá ser nacionalizado, em uma referência ao fato de que as
alianças para presidente da República poderão se reproduzirem no Estado. “A decisão
é nacional”, destacou.
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