Os representantes do Movimento Sem Terra (MST), que
estão ocupando a área destinada ao Perímetro Irrigado da Chapada do Apodi,
disseram que mesmo com a decisão do Departamento Nacional de Obras Contra a
Seca (DNOCS), em autorizar no último dia 15, o início da primeira etapa das
obras, que consumirão R$ 242 milhões, eles não vão deixar o acampamento
localizado à margem da BR-405. “O
acampamento é exatamente a forma que encontramos para impedir a implantação
desse projeto, que é totalmente contrário à viabilidade econômica dos moradores
da região. Nós vamos continuar o local e caso se confirme o início das obras
nós vamos avaliar outras ações”, disse Cícero Araújo, dirigente do MST.
Segundo ele, esse projeto do perímetro está sendo
visto por eles como uma forma indevida de se utilizar recursos do governo para
a campanha de 2014. Ele disse ainda que a água disponível pela barragem de
Santa Cruz em Apodi é insuficiente para atender a demanda desse projeto.
Segundo Cícero Araújo, ao invés de utilizar essas
terras de forma indevida para beneficiar grandes empresas, o governo deveria
desapropriar a terra para realizar a reforma agrária na região assentando as
pessoas que estão acampadas no local. “Esse
projeto do Dnocs, ao contrário do que diz o diretor-geral do órgão, Emerson
Fernandes Daniel Júnior, não vai trazer nenhuma redenção para a economia de uma
região, mas sim acabar com a sobrevivência das pessoas que residem naquela
região”, destacou.
A direção-geral do Dnocs reafirmou que obras de
implantação do Perímetro Irrigado Santa Cruz do Apodi, entre os municípios de
Apodi e Felipe Guerra, na região Oeste do Estado, deverão começar imediatamente
já na próxima semana.
FABIANO SOUZA
Da Redação
fabianosouz@hotmail.com
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