sexta-feira, 16 de agosto de 2013

MST diz que não vai desocupar área do Perímetro

Os representantes do Movimento Sem Terra (MST), que estão ocupando a área destinada ao Perímetro Irrigado da Chapada do Apodi, disseram que mesmo com a decisão do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS), em autorizar no último dia 15, o início da primeira etapa das obras, que consumirão R$ 242 milhões, eles não vão deixar o acampamento localizado à margem da BR-405. “O acampamento é exatamente a forma que encontramos para impedir a implantação desse projeto, que é totalmente contrário à viabilidade econômica dos moradores da região. Nós vamos continuar o local e caso se confirme o início das obras nós vamos avaliar outras ações”, disse Cícero Araújo, dirigente do MST.

Segundo ele, esse projeto do perímetro está sendo visto por eles como uma forma indevida de se utilizar recursos do governo para a campanha de 2014. Ele disse ainda que a água disponível pela barragem de Santa Cruz em Apodi é insuficiente para atender a demanda desse projeto.

Segundo Cícero Araújo, ao invés de utilizar essas terras de forma indevida para beneficiar grandes empresas, o governo deveria desapropriar a terra para realizar a reforma agrária na região assentando as pessoas que estão acampadas no local. “Esse projeto do Dnocs, ao contrário do que diz o diretor-geral do órgão, Emerson Fernandes Daniel Júnior, não vai trazer nenhuma redenção para a economia de uma região, mas sim acabar com a sobrevivência das pessoas que residem naquela região”, destacou.

A direção-geral do Dnocs reafirmou que obras de implantação do Perímetro Irrigado Santa Cruz do Apodi, entre os municípios de Apodi e Felipe Guerra, na região Oeste do Estado, deverão começar imediatamente já na próxima semana.

FABIANO SOUZA
Da Re­da­ção
fabianosouz@hotmail.com

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