Mesmo no cenário mais otimista
de crescimento da economia e de diminuição da desigualdade de renda no mundo
não deve ser possível zerar a pobreza extrema até 2030, como é a meta da
Organização das Nações Unidas (ONU). Estimativa presente no relatório
“Investimentos para acabar com a pobreza”, da organização independente
Iniciativas do Desenvolvimento, prevê que o número de pessoas em situação de
pobreza extrema será de 342 milhões em 2030. No cenário mais pessimista, diz o
relatório, este número poderá alcançar 1,04 bilhão. E, na melhor das hipóteses,
será de 107,9 milhões, diz o estudo, citando dados do Brookings Institution. O
relatório será apresentado nesta segunda-feira, na Assembleia Geral da ONU, em
Nova York.
Pobreza extrema é considerada
aquela em que a pessoa vive com menos de US$ 1,25 por dia. Uma das oito Metas
de Desenvolvimento do Milênio, estabelecidas pela ONU em 2000, era reduzir pela
metade a população em pobreza extrema até 2015. O texto diz que o objetivo foi
alcançado em 2010, antes do prazo. Em 2012, na Rio+20, alguns líderes mundiais
sugeriram como nova meta a erradicação da pobreza extrema até 2030, proposta
que foi aceita pela ONU.
O relatório aponta que a
África Subsaariana deve passar o Sudeste da Ásia como a região com maior número
de miseráveis do mundo. Em 2010, eram 414 milhões de pessoas, ou 34% de toda a
população em pobreza extrema na África Subsaariana, contra 507 milhões no
Sudeste da Ásia. Em 2030, a previsão é que a África Subsaariana ainda tenha 275
milhões no grupo, ou 80% dos miseráveis no mundo. Já o Sudeste da Ásia deve ter
recuo expressivo no número de miseráveis, para 46,3 milhões de pessoas.
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