Apesar de leis, ex-presos enfrentam resistência no mercado de trabalho e
são cada vez mais excluídos da sociedade. Em Apodi a direção do Centro de
Detenção Provisória (CDP), está com um projeto de ressocialização e sempre tem
buscado parcerias com empresas que atuam no município e assim garantido o
espaço para vários apenados que cumpre pena no regime semiaberto como é o caso
das Empresas Cristalina do Oeste e Cristalina do Apodi, respectivamente.
Em meados dessa semana, a direção do CDP encaminhou um oficio para a EIT
- Empresa Industrial Técnica S/A, onde solicitava oportunidade de trabalho para
cerca de 10 reeducando no canteiro de obras da empresa. “Ao tentar protocolar o ofício junto ao escritório da empresa em Apodi,
o nosso agente não obteve sucesso, haja vista na E/T não receberem o ofício”,
comentou o diretor Márcio Morais, que ver isso como uma deselegância, absurdo,
descriminação e exclusão social.
Em várias cidades do Brasil, os governos estaduais e prefeituras
aprovaram leis que obrigam ou estimulam empresas contratadas pelo poder público
a ter uma cota de 2% a 10% de ex-presos entre os funcionários, segundo o
Conselho Nacional de Justiça, mas em Apodi a EIT - Empresa Industrial Técnica
S/A (E/T), parece que não ver esses projetos com bons olhos.
“Lembrando que quase 100% dos
nossos apenados são oriundos de famílias pobres e precisam de oportunidades
para se reintegrar na comunidade”, finalizou Morais.
O CDP de Apodi conta com cerca de 50 presos que cumprem penas nos
regimes fechado e semiaberto. São apenado de vãrias cidades da região,
principalmente de Apodi, Felipe Guerra, Itaú, Rodolfo Fernandes e Severiano
Melo.
O trabalho realizado no CDP Apodi tem contado com o respaldo do Ministério
Público Estadual via promotor, Silvio Brito, judiciário, juíza Kátia Guedes,
delegado, Renato Oliveira e instituições como Câmara de Dirigentes Lojistas
(CDL), Igrejas Evangélicas e Católica, dentre várias outras instituições.
por Márcio Morais
5 comentários:
Conheço de perto o excelente trabalho realizado no CDP de Apodi que entre outras coisas leva educação aos presos....
Continue assim.
Vários presos preparavam-se para o ENEM. Isso pode fazer diferença e merece apoio das empresas.
INDIGNADO de como a boa ação do CDP de Apodi é boicotada por uma empresa que demonstra não ter responsabilidade social.
Ressocializar o preso é um dos caminhos para reduzir, de forma sustentável, a violência no RN.
Sou testemunha deste grande trabalho.
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