A Tribuna também destacou que a aliança PSD, PT e PCdoB para o pleito do
Rio Grande do Norte, que lançará Robinson Faria ao Governo e Fátima Bezerra ao
Senado, enfrenta uma crise antes mesmo do lançamento da chapa. O foco do
problema está na indicação do candidato a primeiro suplente na chapa de Fátima
Bezerra.
O PCdoB pleiteava a indicação. No entanto, os dirigentes petistas
afirmaram que não teriam como aceitar um filiado de outra legenda porque há
resolução do partido afirmando que a chapa de Fátima Bezerra ao Senado será
“puro sangue”, ou seja, com a indicação dos dois suplentes do mesmo partido da
candidata. O PT quer a indicação do primeiro suplente para o consultor em energias,
Jean-Paul Prates, e a segunda para o empresário Raimundo Glauco, que já foi
candidato a deputado estadual em outras eleições. O presidente estadual do
PCdoB, Antenor Roberto, relatou que em reunião com Fátima foi informado sobre a
resolução dos petistas definindo as indicações para suplência como sendo
exclusivas do próprio PT.
“Não há inteligência política nisso. Se (o PT) tivesse nome que
agregasse política e eleitoralmente poderia ser explicada essa acumulação
política do PT”, analisou Antenor Roberto. Ele informou que em reunião na
última sexta-feira, sugeriu à pré-candidata ao Senado a indicação de Airene
Paiva, tabelião em Parnamirim, filiado ao PCdoB. “Ele (o tabelião) viria a
integrar e somar porque faz parte de um segmento presente em todo Estado. A categoria dos tabeliãs é importante e somaria para chapa”, avaliou
Antenor, ressaltando que a indicação do seu partido serviria para acumular
força “política e eleitoral”. Antenor Roberto ponderou que a própria deputada
tem dificuldades no partido, já que internamente o PT é composto por várias
tendências. “Há uma falta de liga política nesse argumento do PT (de fazer
indicação para primeiro e segundo suplentes)”, observou o líder do PCdoB,
ressaltando que se a chapa ao Senado for integrada apenas por membros do PT “é
um elemento menor de acumulação política”.
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