sexta-feira, 20 de junho de 2014

Chapa ‘puro sangue’ do PT gera crise com aliados

A Tribuna também destacou que a aliança PSD, PT e PCdoB para o pleito do Rio Grande do Norte, que lançará Robinson Faria ao Governo e Fátima Bezerra ao Senado, enfrenta uma crise antes mesmo do lançamento da chapa. O foco do problema está na indicação do candidato a primeiro suplente na chapa de Fátima Bezerra.

O PCdoB pleiteava a indicação. No entanto, os dirigentes petistas afirmaram que não teriam como aceitar um filiado de outra legenda porque há resolução do partido afirmando que a chapa de Fátima Bezerra ao Senado será “puro sangue”, ou seja, com a indicação dos dois suplentes do mesmo partido da candidata. O PT quer a indicação do primeiro suplente para o consultor em energias, Jean-Paul Prates, e a segunda para o empresário Raimundo Glauco, que já foi candidato a deputado estadual em outras eleições. O presidente estadual do PCdoB, Antenor Roberto, relatou que em reunião com Fátima foi informado sobre a resolução dos petistas definindo as indicações para suplência como sendo exclusivas do próprio PT.

“Não há inteligência política nisso. Se (o PT) tivesse nome que agregasse política e eleitoralmente poderia ser explicada essa acumulação política do PT”, analisou Antenor Roberto. Ele informou que em reunião na última sexta-feira, sugeriu à pré-candidata ao Senado a indicação de Airene Paiva, tabelião em Parnamirim, filiado ao PCdoB. “Ele (o tabelião) viria a integrar e somar porque faz parte de um segmento presente em todo Estado. A categoria dos tabeliãs é importante e somaria para chapa”, avaliou Antenor, ressaltando que a indicação do seu partido serviria para acumular força “política e eleitoral”. Antenor Roberto ponderou que a própria deputada tem dificuldades no partido, já que internamente o PT é composto por várias tendências. “Há uma falta de liga política nesse argumento do PT (de fazer indicação para primeiro e segundo suplentes)”, observou o líder do PCdoB, ressaltando que se a chapa ao Senado for integrada apenas por membros do PT “é um elemento menor de acumulação política”.

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