Começo repetindo o que sempre
disse. O radicalismo na política do Rio Grande do Norte nunca acabou, isso é
conversa pra boi dormir! Na verdade esse discurso só serve para alimentar o
desejo de se manter no poder das oligarquias, interessadas em que o radicalismo
não prevaleça sobre elas. Mas basta um clã, entre os vários que temos no
estado, ser ameaçado de ser destronado, pronto, o discurso anti-radicalismo é
esquecido na lata do lixo.
Agora mesmo, caro leitor, no
segundo turno das eleições estamos vendo a baixaria ser protagonizada. O marketing
do candidato a governador, presidente da Câmara Henrique Alves (PMDB), e alguns
dos seguidores de sua candidatura nas redes sociais, nos proporcionaram nos
últimos dias ao menos dois exemplos claros de baixaria. A primeira levada as
redes sociais na última sexta-feira, onde um Fake colocou uma postagem
grosseira de uma suposta reportagem da Folha de
S. Paulo, colocando que o opositor de Henrique, Robinson Faria
(PSD), estava sendo delatado na Operação Sinal Fechado, escândalo ocorrido no
fim do governo passado envolvendo o Detran-RN, quando Robinson foi apenas
arrolado como testemunha do caso.
Na segunda, uma peça
publicitária levada ao ar na noite desta segunda-feira pelo programa eleitoral
de Henrique Alves, considerada pelo candidato Robinson Faria como uma
informação difamatória e injuriosa, cujo resultado está sendo um processo
movido contra o peemedebista, a “Coligação União pela Mudança” diz que
“o vice-governador Robinson Faria, candidato do PSD ao governo do estado,
possui 98 apartamentos no condomínio Caravelas, em Parnamirim, todos dentro do
programa Minha Casa, Minha Vida e não paga as faturas do condomínio desde
novembro, totalizando um débito de R$ 153.082,64″.
Como resposta, a “Coligação
Liderados pelo Povo”, além de entrar com uma representação criminal junto a
Procuradoria Geral da República contra Henrique Alves, protocolou também junto
ao TRE, pedido de direito de resposta, já que o programa eleitoral de Henrique
teria veiculado informações “sabidamente inverídicas”. Parafraseando o jornalista
Josias de Souza em um texto publico hoje em seu blog digo que a usina de
demolição em que se converteu a campanha de Henrique Alves tenta passar no
moedor a imagem de Robinson Faria como forma de desconstruir a sua candidatura.
A bem da verdade, a campanha
de Henrique Alves demonstra claramente neste segundo turno que o radicalismo,
quando se “faz necessário”, nunca acabou em terras de Poti, ao mesmo tempo que
isso também demonstra o desespero de uma candidatura que se pensava vencedora
em turno único, mas que acabou naufragando no próprio índice de rejeição do
candidato Henrique Alves.
A baixaria que tanto Henrique
Alves “condenou” no primeiro turno, agora sim está se verificando. O pau não
bateu em Francisco no primeiro turno, mas está batendo em Chico no segundo
turno de forma baixa e rasteira.
Fonte: Blog do Barbosa
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