Não são poucas as histórias de
traição de Wilma na sua trajetória política. José Agripino parece ter sido sua
primeira vítima, mas os Alves sempre foram seus alvos contumazes. Uma coisa é certa,
Wilma sempre soube tirar proveito dos “cenários” momentâneos.
Mas olhando a cena política
recente, parece que a velha Guerreira tá perdendo o feeling. Primeiro foi nas
eleições de 2010, quando Garibaldi e José Agripino apoiaram Rosalba para o
Governo do Estado e fizeram uma parceria para o Senado. Henrique Alves não
acompanhou seu primo, preferindo apoiar Iberê para o Governo e Wilma para uma
das duas vagas no Senado. A outra opção de Henrique foi o seu primo Garibaldi.
Essa manobra tirou o poder de
ataque de Wilma e fragilizou seu discurso. Ao final da eleição foram eleitos
Garibaldi e José Agripino para o Senado e Rosalba para o Governo. Poucos
meses depois da derrota da sua aliada Henrique aderiu com gosto ao Governo da
Rosa.
Dois anos depois, nas eleições
para prefeito de Natal, Wilma desceu do salto, calçou as sandálias da humildade
e saiu vice-prefeita na chapa de Carlos Eduardo Alves, que já havia
externado o valor do cargo de vice quando tinha Micarla como companheira. Quem
não lembra da famosa frase: vice é vice. Pois Wilma cumpriu seu papel de “vice
é vice” e ficou na sua, aguardando uma boa oportunidade para retornar à cena
política num papel mais adequado à sua trajetória de Guerreira.
Agora em 2014, nestas eleições
para Governo e Senado, Wilma era figurinha carimbada. Todas as pesquisas a
colocavam como forte concorrente, só tendo Garibaldi como concorrente à altura.
Foi quando Henrique entrou em cena com seu plano de “todos juntos num mesmo
acordão”. Não se sabe os argumentos oferecidos à Wilma para não disputar à
cadeira de Governadora (de férias), uma vez que o único concorrente digno desse
nome, Garibaldi, declarava que não tinha o menor interesse em entrar nesse
jogo. O que se sabe é que Wilma subiu no palanque de Henrique, compondo com
outros seis ex-Governadores, mais de cem prefeitos e a quase totalidade dos
deputados estaduais o que se passou a nominar no maior acordão da nossa
história politica.
Mas, e a vingança que até
agora depois de tantas linhas que ainda não foi explicada? Ah, caro leitor, não
queira a explicitação da obviedade. Acompanhem as pesquisas e veja qual é a
senadora que vai ser eleita na única vaga existente nestas eleições de 2014.
Resposta mais que óbvia: é Fátima!
Só tem um “porém” em toda esta
história. O que seria um plano perfeito de vingança pode terminar num abraço de
afogados.