segunda-feira, 11 de maio de 2015

Cidades de Apodi e Mossoró são escolhidas para experimento na plantação de uva

(Foto: Fred Veras/Sebrae)
Apesar de não ter um clima temperado, algumas áreas do semiárido nordestino apresentam um potencial para a viticultura. Parte delas já está bem consolidada, como a região do Vale do São Francisco (situado entre os sertões da Bahia e Pernambuco), que é um dos mais importantes polos vitivinícolas do Nordeste, responsável por mais de 90% da exportação de uva de mesa. Novas áreas, porém, despontam como promessa nesse tipo de cultivo, como é o caso do Oeste Potiguar. Por isso, o Sebrae no Rio Grande do Norte está estimulando agricultores familiares a apostarem na plantação da fruta. Núcleos já instalados em Apodi e Mossoró – e outros em implantação em Pureza e cidades próximas a Natal – comprovam a viabilidade da viticultura no estado. 

Pesquisa da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa) ratificam que o clima e o solo dessas regiões têm condições propícias ao desenvolvimento da variedade popularmente conhecida como uva Isabel precoce, que ideal para o consumo in natura e, principalmente, para produção de sucos integrais. Os pesquisadores também identificaram que a uva apresenta qualidade bem superior. “A uva que produzimos em nossa fazenda experimental, em Mossoró, obteve 24° Brix. O mínimo, no caso de uvas especiais, fica na faixa entre 16 ° a 18°. Esse índice mede o teor de doçura e de qualidade da fruta”, explica o pesquisador da Ufersa Django Dantas, que também é consultor do Sebrae. 

Para estimular o cultivo, o Sebrae decidiu instalar experiências piloto em assentamentos, visando fornecer novas fontes de renda para agricultores familiares das regiões Oeste, Grande Natal e Mato Grande. Ao todo, são 14 produtores envolvidos no cultivo da espécie, sendo cinco em Mossoró, nove em Apodi e os demais nas outras áreas. As famílias capacitadas para o plantio vêm recebendo consultorias do Sebrae desde o agosto do ano passado e devem contar a assistência até o próximo ano. 

“Estamos aplicando o que foi identificado nas pesquisas nesses assentamentos. Todas as mudas que estão sendo fornecidas são multiplicadas através da técnica de enxerto e mantidas em viveiros da Ufersa e no campus de Apodi do Instituto Federal de Ciência, Educação e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN)”, diz o gestor do projeto de Fruticultura do Sebrae-RN, Franco Marinho. 

Fonte: g1.globo.com


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