Um dia após a
saída do vice-presidente Michel Temer da articulação política e do anúncio de
que serão cortados 10 dos 39 ministérios, o governo anunciou nesta terça-feira
(25) a liberação imediata de R$ 500 milhões em emendas parlamentares – recursos
que os deputados e senadores destinam no Orçamento a projetos em seus
municípios. O dinheiro é referente a “restos a pagar” de 2014, ou seja,
emendas previstas no Orçamento do ano passado que não foram pagas, segundo
informa o portal de notícias G1.
Pois é, caro
leitor, nada como uns bons afago$ para, digamos, acalmar as bases governistas.
O curioso é que
Temer disse que agora assume uma ‘segunda fase’ na articulação do
governo. Ele afirmou que não pode deixar articulação política ‘de uma
vez’.
Ah sei!
“Passamos a
primeira fase [da articulação política], que foi a do ajuste fiscal, onde o
governo teve as vitórias necessárias, e agora estamos na segunda fase da
coordenação política, fase na qual me encontro, que é exatamente a que vamos
continuar trabalhando na relação com o Congresso, com o Judiciário, na relação
com os estados e, portanto, reunindo várias vezes os líderes da Câmara e
do Senado para trocarmos ideias sobre o Brasil”, afirmou Temer.
Esqueceu de
dizer que no trato com o Congresso estão a liberação de emendas, certamente.
Coisa que agrada em muito aos congressistas, sem sombras de dúvidas. Ah, esse meu
Brasil varonil que não toma jeito. Ou melhor, esses políticos que não tomam
jeito.
Vamos pras ruas,
gente. Vamos pras ruas cobrar do Congresso Nacional os projetos de interesse da
sociedade que não foram votados, e que foram esquecidos depois das grandes
manifestações de 2013 na época da Copa das Confederações.
Sim, porque não
adianta pedir o impeachment da presidenta Dilma se não pedirmos também a cassação
de alguns congressistas, que da mesma forma que a presidenta foram eleitos
democraticamente, mas que continuam com as práticas fisiologistas para manter a
“governabilidade”.
Coluna do Barbosa
Um comentário:
O que acalma as bases é dinheiro e nada mais
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