sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Aedes Aegypti: é preciso que façamos a nossa parte

O mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, zika, chikungunya e até febre amarela, doenças que matam ou deixam sequelas, precisa ser exterminado. Já falei isso em outras oportunidades, mas volto a repetir em face das chuvas que têm caído em Natal e em algumas regiões do Rio Grande do Norte, que aliás é bom em parte devido a seca que assola o estado, mas por outro lado é ruim devido a possibilidade da proliferação do mosquito.

É preciso, no entanto, que as pessoas se conscientizem verdadeiramente sobre o perigo que o Aedes Aegypti representa. E quando falo em se conscientizar é no sentido de que as pessoas façam a sua parte, exerçam a cidadania no melhor sentido da palavra e não fiquem à espera de ações dos poderes públicos, esse o grande mal do brasileiro.

Para evitar que surjam focos do Aedes Aegypti em sua casa não é preciso esperar a visita de um agente endêmico. Tire algumas horas em benefício da sua saúde e da sua família e verifique o que pode gerar um foco em sua residência. Um vaso com água parada, uma poça de água em frente a sua casa, uma caixa d`água aberta ou não tampada da maneira certa, tudo isso podem propiciar focos do mosquito.

Alguns irão dizer que isso todo mundo tá careca de saber. Tudo bem, mas por que então não faz a sua parte. A dengue está aí há tempos e todos sabem de tanta propaganda que já foi levada ao ar que ela pode matar. Mas ninguém se preocupa em evitar os focos do Aedes Aegypti. Agora vem a Zika, que pode também matar ou deixar sequelas em recém-nascidos. E aí, vamos evitar os focos ou não?

Esperar a visita dos agentes endêmicos ou a passagem do carro-fumacê na sua rua pode ser tarde demais. A guerra contra o mosquito não é só dos poderes públicos é também da sociedade como um todo. Se o cidadão não faz a parte dele não adianta nada. Campanhas publicitárias, folders educativos, palestras em escolas ou associações comunitárias, homilias nas igrejas, enfim, tudo o que se pode fazer tentando educar e esclarecer o povo para ter os cuidados necessários contra o Aedes Aegypti, nada disso adiantará se você, cidadão, não fizer a sua parte.

A título de exemplo, digo o que tenho presenciado com frequência. No centro de Natal, próximo a Catedral, todos os dias vejo copos descartáveis ou embalagens de quentinhas jogadas no meio fio com água acumulada em virtude das chuvas. E quem é culpado disso? Seriam os moradores de rua que recebem sopa e refrigerantes todas as noites de pessoas que prestam serviços de solidariedade, diga-se de passagem, atitude digníssima, cidadã até? Certamente que não!

Moradores de rua são ignorantes – no bom sentido da palavra, ou seja,  não têm cultura, diria até educação para compreender os perigos que o Aedes Aegypti representa até para eles. Neste caso bom seria que as pessoas que distribuem as sopas realizassem também um trabalho educativo para evitar que os moradores de rua jogassem fora os copos e as quentinhas descartáveis. Bom mesmo seria que sacos de supermercados, por exemplo, pudessem ser distribuídos também a eles para que depositassem os objetos descartáveis, evitando assim o acúmulo de água das chuvas. Fica a dica.

Portanto, caro leitor, como se observa não podemos ficar a espera apenas das ações dos poderes públicos. Precisamos fazer a nossa parte. Essa cultura brasileira de que os poderes públicos devem fazer tudo tem que acabar.

Vamos praticar a cidadania em sua forma plena fazendo a nossa parte, também!

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