No Brasil, a
viticultura está difundida nos Estados do Sul e Sudeste onde se destacam São
Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O cultivo de uvas para mesa
se dá principalmente nos estados de São Paulo e Paraná, e para produção de
vinhos e sucos os Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Nos últimos
anos, porém, a viticultura está se expandindo na região do Nordeste,
concentrando-se os plantios na região do Submédio São Francisco, com aumentos
significativos na área cultivada, principalmente com uvas finas de mesa (POMMER
e MAIA, 2003).
As condições da
região da Chapada do Apodi são favoráveis à exploração da viticultura, não
somente pelo clima adequado à obtenção de safras que se alternam com a época
normal de produção propiciando maior rentabilidade econômica, como também pela
disponibilidade de água para irrigação que possibilita a instalação de sistemas
de armazenamento e distribuição da água.
O crescimento da
videira, bem como sua fisiologia são conhecidos nas regiões de produção (Sul e
Sudeste), bem diferente do que ocorre em regiões de clima muito mais quente e
menos estudada como a da Microrregião da Chapada do Apodi. Considerando o alto
retorno financeiro da viticultura, vale à pena investir em ações que permitam
melhor conhecimento sobre o desenvolvimento da videira na região.
A Viticultura
apresenta-se como boa alternativa, visto que é uma atividade que pode utilizar
mão-de-obra familiar na exploração de pequenas áreas com rendimentos adequados
a melhoria da vida do homem do campo da Microrregião da Chapada do Apodi.
Este projeto conta
com a parceria do IFRN/ Campus Apodi, UFERSA e SEBRAE e tem como objetivo principal fazer o
levantamento do comportamento de duas variedades de videiras sem sementes nas
condições do semiárido nordestino, especialmente na Chapada do Apodi. As variedades
de uvas que serão utilizadas nesse projeto são: Vitória e Isis, todas
adquiridas da Embrapa. A previsão da primeira colheita está programada para
março de 2018.
O setor
responsável pela condução do experimento será realizado pela Engenheira Agrônoma
Priscila Pessoa e a Técnica Agrícola Cléia Macêdo da Diretoria de Gestão da
Unidade Agrícola-Escola (DIGUAE) – Campus Apodi e o Engenheiro Agrônomo Django
de Jesus Consultor do SEBRAE e Pós-doutorando da UFERSA.
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