Fogo no lixão de Apodi ontem à noite |
Inocentemente e
dia após dia, a população de Apodi alimenta uma bomba-relógio prestes a
explodir, com consequências difíceis de serem dimensionadas à saúde, ao meio
ambiente e ao lençol freático na
Chapada do Apodi. O Aterro Sanitário de Apodi, que não passa de um lixão confinado
e a céu aberto, e quase que diariamente sentimos a fumaça quando colocam fogo
no lixão.
Estranhamente,
organismos de fiscalização ignoram – ou fazem vista grossa – para o perigo
iminente e continuado do aterro, localizado à margem direita da BR-404, saída
para Mossoró.
O Aterro Sanitário
de Apodi recebe diariamente, em média, de 4 a 5 toneladas de lixo
exclusivamente domiciliar, conforme informações que circulavam de forma
extraoficial na própria Prefeitura de Apodi na gestão passada.
Lixo
domiciliar já esgotou capacidade do aterro e o pior poderá acontecer
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Chorume ameaçador
O Aterro Sanitário teve sua expansão baseada em paliativos que põem em
risco tudo em sua volta num raio de vários quilômetros. A possibilidade de
inverno nos próximos meses torna tudo ainda mais ameaçador. Implodindo,
certamente seu chorume desaguará no Rio do Carmo e a partir daí, passará a comprometer
produção da carcinicultura, pesca e mais de cinco grandes salinas adiante,
bases importantes da cadeia econômica da região – com oferta de milhares de
empregos diretos e indiretos.
O chorume, também chamado por líquido percolado ou lixiviado tem cor escura e odor nauseante,
originado de processos biológicos, químicos e físicos da decomposição de
resíduos orgânicos. Esses processos, somados com a ação da água das chuvas, se
encarregam de expandir compostos orgânicos presentes nos lixões para o meio ambiente.
Um comentário:
A conta está errada, é certo. No mínimo, 50 toneladas de luxo, por dia, são lançadas no lixão. Estão mascarando as contas. Se liga, blogueiro.
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