A
conjunção das crises política e econômica que vivenciamos não tem precedentes.
Pelo menos para um país das dimensões territoriais, demográficas e econômicas
do Brasil, e em tempos de paz.
Na economia, uma
recessão de quase dois dígitos assola empregos e empresas numa proporção de
tempos de guerra. Na política, uma devastação moral há muito conjecturada, mas
nunca escancarada como agora.
A pregação da
ruptura com o status quo passa a ser discurso dominante na
enxurrada de manifestações da cidadania. Virtuais na forma, reais na disposição
de romper “com tudo isto que está aí”.
Não restam
dúvidas de que o melhor é varrer o sistema que nos governa e substituí-lo por
outro, saneador, alinhado com padrões morais que convirjam para uma sociedade
mais justa e com igualdade de oportunidades. O debate, no entanto, é angustiantemente
inconcluso sobre a saída à derrocada que as autoridades da Nação – quase todas
livremente eleitas, ressalte-se – nos conduziram.
por
Itamar Garcez
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