quarta-feira, 19 de abril de 2017

O estéril e histérico discurso da esquerda e direita reacionárias

A conjunção das crises política e econômica que vivenciamos não tem precedentes. Pelo menos para um país das dimensões territoriais, demográficas e econômicas do Brasil, e em tempos de paz.

Na economia, uma recessão de quase dois dígitos assola empregos e empresas numa proporção de tempos de guerra. Na política, uma devastação moral há muito conjecturada, mas nunca escancarada como agora.

A pregação da ruptura com o status quo passa a ser discurso dominante na enxurrada de manifestações da cidadania. Virtuais na forma, reais na disposição de romper “com tudo isto que está aí”.

Não restam dúvidas de que o melhor é varrer o sistema que nos governa e substituí-lo por outro, saneador, alinhado com padrões morais que convirjam para uma sociedade mais justa e com igualdade de oportunidades. O debate, no entanto, é angustiantemente inconcluso sobre a saída à derrocada que as autoridades da Nação – quase todas livremente eleitas, ressalte-se – nos conduziram.

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