segunda-feira, 17 de abril de 2017

Salvar a política não é salvar os políticos

Está tudo junto e misturado no discurso dos que querem escapar da Lava Jato, mas chegou a hora de ficar bem claro que salvar a política não é, necessariamente, salvar os políticos. Pelo menos não a todos, por todas as razões que os levaram ao paredão da Lista de Fachin, que é mais de Janot do que dele.

Salvar a política hoje em dia é, antes de tudo, salvar o direito do cidadão de ter seu voto respeitado e ser legitimamente representado nas instâncias de decisão do poder. As distorções do atual sistema, entre elas a corrupção que dá vantagem aos que têm mais dinheiro, vêm distanciando cada vez mais aquela dupla que deveria ser inseparável: eleito e eleitor.

Só se salva a política, portanto, se dermos um cavalo-de-pau no sistema partidário e eleitoral, estabelecendo regras e fiscalização rigorosas para o financiamento de campanha e um mecanismo de votação que, por exemplo, eleja de fato os mais votados.

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