O apresentador Luciano Huck passeia pelo jardim do Palácio do Planalto durante gravação de seu programa. Brasília, 30/07/2001 - Foto Orlando Brito |
Nunca
pensei escrever isso, mas por tudo o que tenho ouvido nos últimos dias, é
prudente levar a sério uma hipotética candidatura do apresentador Luciano Huck
à presidência em 2018. Juro que não estou surtando, e demorei a me convencer.
Mas o
establishment político e econômico anda em tal desespero com a resiliência do
ex-presidente Lula – que continua bem nas pesquisas – que vai se agarrar a
qualquer alternativa capaz de derrotá-lo. Huck entra no figurino do “novo”,
assim como, em tese, seria João Doria, num momento em que as demais lideranças
tucanas estão sendo dizimadas pela Lava Jato.
Huck entra nesse
jogo também como alternativa a Dória, turbinada pelas mesmas forças que, em
tese, apoiam o prefeito de São Paulo. E aqui é bom lembrar: o establishment
nunca aposta num cavalo só, sai sempre com dois ou três na largada. Em se
tratando de derrotar Lula, então, vai fortalecer todos os que, aparentemente,
tiverem essa chance.
Luciano Huck tem?
Não sabemos, provavelmente não. Mas o desespero é tal que sua eventual
candidatura, por mais espantoso que seja, será levara a sério. Sintoma
claríssimo disso é a entrevista desta segunda-feira do ex-presidente Fernando
Henrique à Folha, em que ele, lá no último parágrafo, dá um jeito de colocar o
nome de Huck na roda, sem ser perguntado.
Em tempo: Huck,
além de ter um programa na Globo, é amigo de Aécio Neves. Quem não deve estar
gostando nada disso é João Dória.
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