domingo, 11 de junho de 2017

Gestão de custos – uma saída para a crise

Gerir o público passou a ser uma grande dor de cabeça para muitos gestores, principalmente, aqueles que não têm em sua essência o tino de gestão corporativa, ou seja, aquele que simplesmente foi eleito pelo povo, mas não está preparado para administrar uma engrenagem tão complexa quanto a máquina pública.

Com a crise, que vem solapando as finanças públicas desde alguns anos, os gestores públicos tiveram que mudar seu modo de pensar e, sobretudo, agir. Nem todos conseguem. Não dá mais para ficar sentado na cadeira esperando que os recursos caiam do céu, foi-se o tempo das vacas gordas.

Costumo dizer que gestor bom não é aquele que administra na bonança. Se conhece um bom gestor nos momentos de crise e falta de recursos, já que ele terá de mostrar suas habilidades para superar as dificuldades de forma criativa, muitas vezes tomando medidas corajosas e impopulares.

Mas, vamos pensar um pouco como podemos superar os obstáculos que hoje dificultam a gestão pública em Apodi. Escrevi nesse espaço que um dos caminhos mais lógicos para superar a crise financeira é aumentar a arrecadação, obviamente, sem criar novos tributos que venham onerar o contribuinte.

O outro caminho ou o outro lado da moeda, é a redução de custos. Como fazer isso em meio a uma estrutura tão grande e inúmeros tentáculos? Fácil, de forma alguma. Mas tenho a convicção que é possível estabelecermos critérios e mecanismos simples que podem contribuir em muito à redução dos custos operacionais da máquina administrativa.

Vários são os caminhos. Não se pode exonerar servidores, mas é possível criar mecanismos para controlar horas extras, plantões e, também, otimizar as equipes.

Acredito que outra saída para reduzir os custos é a revisão dos contratos. Existe uma máxima na iniciativa privada que para vender para o setor público é preciso aumentar o valor, devido a inconsistência nos pagamentos. Mas isso precisa ser revisto e logo.

É preciso pensar no compartilhamento dos espaços com foco na redução de custos. Com isso quero dizer que um equipamento que tem espaço ocioso, por exemplo, na saúde, pode ser compartilhado com o desenvolvimento social e assim integrar serviços com redução dos custos com água, energia, limpeza etc.

Outro ponto importante é fazer análise sistemática dos processos. Por exemplo: há controle da frota? Há controle do abastecimento? Há rastreamento dos veículos próprios e locados? Há controles de diárias e viagens? As compras gerais para as secretarias são unificadas para ter ganho em escala? Essas são algumas perguntas que precisam ser respondidas pela gestão em Apodi.

Adaptado de Gutemberg Dias

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