Violência avança para o
interior do país e cresce em cidades menores. Entenda o crescimento da
violência, o perfil das vítimas e influência do tráfico de drogas.
Uma cidadezinha no interior do Brasil? O senso comum diz
que quanto menor o município, maior a sensação de segurança. Porém, a
estatística mostra outra realidade.
No ano 2000, nas cidades maiores, de cada grupo de 100
mil habitantes, morreram 46 pessoas de forma violenta. Em 2015, esse número
caiu para 36. No interior aconteceu o contrário. Subiu de 11 para 16 nas
cidades pequenas. E de 16 para 27 nas médias.
Em 15 anos, o número de homicídios em Itabaiana
praticamente triplicou. Foi de 29 para 83 por ano. A taxa de mortes violentas
já é o triplo da média nacional. “Tem acontecido no Brasil todo. E também
talvez acontece em relação a falta de aparato técnico policial para exercer o
controle mais qualificado nesses municípios”, explica Antonio Gelson Nascimento,
professor de mestrado em Segurança Pública da UEA.
A violência ultrapassou os limites das metrópoles. E já
faz quase o mesmo número de vítimas nas cidades pequenas e nas grandes - mais
de 20 mil. Quinze anos antes, a diferença entre grandes e pequenas era muito
maior.
A professora do Renaesp em Sergipe, Denise Leal Albano,
diz que há cidades que sequer tem um delegado atuante, uma equipe de policiais
civis. “Muitas vezes o delegado é um policial militar, que faz as vezes de
delegado naquela cidade”, conta.
Jornal da Globo - César Meneses
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