Por Erick, O
Caçador
O Governador do
Rio Grande do Norte Robinson Faria afirmou, há alguns dias, que deixaria um
legado na História da Segurança Pública do Estado. É natural que um político
queira "fazer uma média" com o público, valorizando sua atuação,
principalmente quando está de olho nas próximas eleições (como é o caso). Mas
vamos aproveitar que passamos há pouco da metade de 2017, para apresentar
algumas médias da insegurança no RN, nesse primeiro semestre:
- 26 veículos roubados por dia, evidentemente com planejamento, logística e execução de Facções Criminosas;
- Cerca de 07 homicídios por dia (aproximadamente 50 por semana), normalmente por arma de fogo. Se o Rio Grande do Norte fosse um país, estatisticamente só seria menos violento do que a Síria em guerra, quando comparado ao resto do mundo;
- Dois estouros de Agências bancárias por semana, geralmente feitos por quadrilhas com dezenas de homens soberbamente armados e equipados, capazes de ocupar militarmente uma pequena cidade, enquanto realizam a ação;
- Média de um ataque a Agências dos Correios por semana;
- 37 presos foragindo do Sistema Penitenciário por mês, na maior crise penitenciária da História do Estado;
- Média de cinco presidiários assassinados DENTRO do Sistema Penitenciário, ao mês, como resultado da guerra das Facções Criminosas, ou da "justiça interna" das mesmas Facções;
- Três policiais mortos ou feridos, por mês, em confronto com marginais, perfazendo recorde estadual de mortes na categoria;
- Média de metade dos presos em flagrante sendo soltos pela justiça em 24 horas, quando submetidos às Audiências de Custódia. Desde que tais audiências foram implantadas (fins de 2014), coincidentemente a violência deu um salto sem precedentes;
- Todos os meses de 2017, os Operadores de Segurança Pública do RN receberam seus salários atrasados;
- Todos os meses de 2017, foi anunciado o lançamento de concurso público para admissão de novos policiais civis e militares. Até aqui, não saiu o edital, mas os reforços são terrivelmente necessários.
Com essas médias
semestrais, a previsão para esse ano é de superar 2016 como mais violento da
História do Rio Grande do Norte. Esse é o legado.
Erick Guerra, O
Caçador
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