terça-feira, 4 de julho de 2017

Pagamos o salário de gente cuja principal motivação é nos roubar

Temer teve a chance de fazer um governo importante. Poderia cercar-se de notáveis. Gente ficha limpa.

Entrar para história como um Presidente com P maiúsculo. Que pegou um enorme abacaxi e o descascou com dignidade.

Poderia ter entrado para a história por sua dignidade. Se tivesse alguma.

Não que eu tivesse esperança. O fisiologismo que o fez se pendurar na chapa de Dilma (ou vice-versa) era o prefácio do que nos esperava. Não deu outra.

Um Presidente que se agarra ao poder sem nenhuma desfaçatez. Não fala sobre o país, não tem um projeto.

Enfiou o Henrique Meirelles na Economia e foi cuidar de sua sobrevivência sem o menor pudor. Ontem passou reunido 14 horas, isso mesmo, 14 horas com congressistas.

Gastou 14 horas do salário que você e eu pagamos para ele apenas articular sua defesa na Câmara.

A lógica de hoje na nossa política, bem debaixo do nosso nariz, é ao contrário: eu roubo uma grana enorme e de quebra faço uma coisinha aqui para meus eleitores.

Isso quando fazem.

Nós pagamos o salário de uma quadrilha de bandidos. De todos os partidos.

Pagamos o salário de gente cuja principal motivação é nos roubar.

A começar pelo presidente, assim com p minúsculo, passando pelo Judiciário e Legislativo.

Todos conchavados. Canalhas. Ladrões. Malditos. Morram todos lentamente.

Por causa dessa gente não temos Educação, Saúde, Saneamento, Segurança, etc.

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