Carlos Brickmann
Pague mais, pague mais - O presidente dos Estados Unidos
tem 377 pessoas trabalhando a seu lado. O presidente do Brasil tem 3.800,
segundo levantamento do jornalista Cláudio Humberto. A Justiça americana tem um
carro de representação: o de uso do presidente da Suprema Corte. Os demais
magistrados americanos não têm carro de representação.
No Brasil, a
partir da segunda instância, os magistrados (800, aproximadamente) têm carro de
representação, com motorista, combustível, tudo por conta do Tesouro – ou,
falando claro, por nossa conta.
Os EUA, com
população 50% maior que a do Brasil, têm 78 deputados federais a menos. E, com
50 Estados, têm cem senadores. O Brasil, com 27 Estados, tem 81 senadores.
Os magistrados
americanos têm salário parecido com o dos brasileiros. Mas não têm os
penduricalhos, como auxílio-moradia, auxílio-escola e gratificações diversas.
Por lei, nenhum
servidor público brasileiro pode ganhar mais que um ministro do Supremo, uns R$
34 mil mensais.
Mas há
desembargadores com subsídios mensais de R$ 200 mil. Em média, segundo
levantamento de O Estado
de S.Paulo, em 2016 o desembargador mineiro ganhava pouco mais de
R$ 56 mil mensais; o paulista, cerca de R$ 52 mil.
Parlamentares
brasileiros ganham mais que os canadenses, ingleses, japoneses, alemães,
noruegueses, israelenses, suecos, franceses. Ainda têm plano ilimitado de saúde,
apartamentos funcionais, auxílios diversos.
E têm algo de
valor inestimável: pagadores de impostos que sustentam tudo isso.
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