Anote: 90% dos
gritos de revolta contra a classe política não devem ser levados a sério. Nem
eco faz.
No próximo ano, o
líder político chama a maioria, diz em quem é para votar, e a maioria assim o
fará.
Boa parte dessa
revolta que se espalha pelas redes sociais, mas que não chega à esquina de
casa, vai se dissipar até as urnas em 2018.
Os políticos sabem
disso.
Quem supostamente
votou e vota contra as aspirações do povo, não precisa se angustiar. Se tiver
dinheiro e souber usar, dificilmente deverá deixar de se reeleger.
Claro que teremos
as exceções.
Mas são exceções
mesmo. Vale a regra.
Temos o Congresso
Nacional que é nossa cara, resultado de nossa incultura política, de nossos
próprios vícios e principalmente nosso alheamento em relação aos mais elevados
temas que deveriam nos interessar.
- “Eu detesto
política” – brada sicrano, reforça fulana e aplaude dona beltrana, sem saberem
que é exatamente essa distância e antipatia que concorrem tanto para que
sejamos essa coisa: um país com dificuldade de ser nação, povo incapaz de se
fazer sociedade.
Gente que sataniza
o farisaísmo e populismo de Lula, que se ruboriza com as artimanhas escroques
de Temer, acha a coisa mais natural do mundo esse comportamento abjeto no
prefeito (a) de sua urbe e vice-versa.
Portanto, reitero,
não leve esse alarido virtual muito a sério.
O Brasil é o que
é.
A política não é
diferente do que somos aqui embaixo.
Por Carlos Santos
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