quinta-feira, 3 de agosto de 2017

A política não é diferente do que somos aqui embaixo

Anote: 90% dos gritos de revolta contra a classe política não devem ser levados a sério. Nem eco faz.

No próximo ano, o líder político chama a maioria, diz em quem é para votar, e a maioria assim o fará.

Boa parte dessa revolta que se espalha pelas redes sociais, mas que não chega à esquina de casa, vai se dissipar até as urnas em 2018.

Os políticos sabem disso.

Quem supostamente votou e vota contra as aspirações do povo, não precisa se angustiar. Se tiver dinheiro e souber usar, dificilmente deverá deixar de se reeleger.

Claro que teremos as exceções.

Mas são exceções mesmo. Vale a regra.

Temos o Congresso Nacional que é nossa cara, resultado de nossa incultura política, de nossos próprios vícios e principalmente nosso alheamento em relação aos mais elevados temas que deveriam nos interessar.

- “Eu detesto política” – brada sicrano, reforça fulana e aplaude dona beltrana, sem saberem que é exatamente essa distância e antipatia que concorrem tanto para que sejamos essa coisa: um país com dificuldade de ser nação, povo incapaz de se fazer sociedade.

Gente que sataniza o farisaísmo e populismo de Lula, que se ruboriza com as artimanhas escroques de Temer, acha a coisa mais natural do mundo esse comportamento abjeto no prefeito (a) de sua urbe e vice-versa.

Portanto, reitero, não leve esse alarido virtual muito a sério.

O Brasil é o que é.

A política não é diferente do que somos aqui embaixo.

Por Carlos Santos

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