Para uma gestão municipal
eficiente, um dos obstáculos é a manutenção da chamada velha política, onde
predominam práticas coronelistas e uma política personificada em
figuras. Ao mesmo tempo, quem ocupa cargos na esfera federal detém poder orçamentário, o que pode influenciar diretamente as eleições municipais. Esse é um apoio que o governo precisa
para se manter e governar quando acontecem as eleições parlamentares, que
definem os 81 senadores e
513 deputados do Congresso Nacional.
Vale lembrar que a trajetória
de grandes políticos geralmente não começa em Brasília, mas em municípios e estados, onde as primeiras
alianças são estabelecidas. Quando esses mesmos políticos passam a ocupar
cargos na esfera federal, continuam favorecendo seus aliados locais por medo
das consequências que um rompimento com o modo vigente traria para as próximas
eleições para cada partido, segundo a obra “Barões da Federação”, do
cientista político Fernando Abrucio.
Para combater essa realidade
pouco adianta – sem diminuir a importância desses mecanismos – criar
legislações eleitorais mais rígidas ou burocracias nos processos de prestação
de contas de campanhas políticas, se pequenos municípios não têm capacidade de
executar ou fiscalizar esses aspectos. Dar um passo para trás e
considerar a realidade local dessa parcela da população é fundamental.
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