Recordista
de desaprovação popular, o presidente Michel Temer segue se dando ao luxo de
ignorar fatos e de inventar sua própria verdade.
O
discurso dele na ONU contém pelo menos duas pérolas que, pra dizer o mínimo,
desafiam a lei 1079, http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L1079.htm, sobre os crimes de
responsabilidade que um presidente da República não pode cometer.
O
inciso 7 do artigo 9 diz que é crime “proceder de modo incompatível com a
dignidade, a honra e o decoro do cargo”.
Primeira
pérola: o Brasil está resgatando o equilíbrio fiscal.
É
de conhecimento público que o déficit das contas da União subiu de R$ 111,2
bilhões em 2015 para R$ 155,79 bilhões em 2016, devendo fechar este ano em algo
em torno de R$ 159 bilhões.
Segunda
pérola: o País recobrou a capacidade do Estado de levar adiante políticas
sociais indispensáveis.
A
menos que Temer não inclua a segurança pública entre as políticas sociais
indispensáveis – e para ficar só nesse exemplo – eu, definitivamente, não sei
do que ele está falando.
Denúncias
de Janot à parte, o eleitor se pergunta: estamos diante de um presidente digno,
honrado, decoroso e decente?
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