domingo, 24 de setembro de 2017

Política no Brasil dá muito dinheiro

De dois jeitos, basicamente:

1. Ou você indica amigos para os milhares de cargos da empresas estatais ou para pegar dinheiro no BNDES - e eles roubarão para você, para eles mesmos, para parentes e amigos. Tipo um Joesley.

2. Ou você rouba diretamente do dinheiro que administra e que se danem as nomeações e as malas pretas. Tipo um Sérgio Cabral.

Como ser político no Brasil dá dinheiro, você precisa se eleger.

Para se eleger, em qualquer lugar do mundo, o político precisa ter uma proposta convincente ou ter realizado algo. Pode ser uma ideia de cunho social, pode ser um viaduto ou hospital, sei lá. Mas o eleitorado pensa: "poxa... esse cara é bom. Vou votar nele."

Aqui no Brasil é diferente.

Para se eleger, no Brasil, um político só precisa fazer uma campanha. Ganha o que tiver a melhor (maior) campanha, que se dane o que realizou ou sua ideologia. Por isso, para ganhar uma eleição Lula aperta a mão de Maluf, Sarney se associa com Collor e por aí vai.

Essa distorção ética é o centro de todos os nossos males porque:

1. Surgiram quadrilhas de políticos - de vereadores até presidentes - que usam os tais métodos de roubo descritos acima para juntar dinheiro para suas campanhas.

2. Que se dane qualquer ideologia. Percebem?

Nossa política é um cachorro correndo atrás do próprio rabo.

Eu me elejo para roubar -> roubo para me eleger.

Assim, ao invés de qualquer ideal, a única meta de nossos políticos é se eleger. Não importa a qual custo.

Para nós, eleitores, é natural que seja assim. É só o que vemos há anos. A única coisa que escutamos são os conchavos que poderão resultar em mais roubo, mais dinheiro para campanhas, mais eleitos para roubarem ainda mais.

Quando, eventualmente, surge uma proposta fora desse círculo vicioso, rapidamente os políticos entendem que surgiu aí mais uma oportunidade para garantir cargos, dinheiro ou campanhas.

Reforma Política ou da Previdência? Eu voto no que você quiser desde que eu ganhe um cargo para meu primo, ou um dinheiro, ou ambos.

Eu sugiro:

1. Nenhum candidato pode deixar o cargo eletivo para disputar outra eleição.
2. Oito anos entre reeleições.
3. Propaganda Política dentro de normas, formatos e mídias absolutamente iguais para todos os candidatos do Legislativo. Para o Executivo os candidatos só poderão participar de debates na mídia expondo suas ideias.

Quando eu for presidente do mundo, pode anotar, acabo com essa palhaçada toda.

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