Crise no funcionalismo no estado continua e não há
previsão de que outras categorias recebam na mesma data
Governo do Rio Grande do Norte conseguiu chegar a um acordo para colocar fim à greve do setor de segurança pública |
O governo
do Rio Grande
do Norte conseguiu chegar a um acordo com associações
de classe de policiais civis, militares e bombeiros para colocar fim à greve do
setor de segurança pública, que aumentou os índices de violência e fez
passar de 100 o número de mortos no estado no início de 2018.
Até o início da
semana, a gestão de Robinson Faria (PSD) devia os salários de novembro,
dezembro e 13º salário dos agentes. Pagou o primeiro mês e prometeu quitar os
próximos na sexta-feira 12.
A crise no
funcionalismo, contudo, continua. Não há previsão de que outras categorias
recebam na mesma data. O governo continua alegando falta de recursos para
pagamentos de dezembro e 13º.
Por isso, o
governo convocou para esta quinta-feira uma sessão extraordinária para enviar
pacote de 18 projetos de lei à Assembleia Legislativa do estado para manejar o
orçamento a fim de destinar recursos para a folha de pagamento.
Por enquanto, a
posição oficial é que pretende-se “divulgar as datas o mais breve possível”.
O extenso pacote
conta com alterações no regime de Previdência do estado, pede autorização para
renegociação de empréstimos e de dívidas com fornecedores, congelamento
de reajustes salariais do funcionalismo, proposta que autoriza a compensação de
duodécimos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público, do
Tribunal de Contas e da Defensoria Pública, entre outros. A informação é Exame hoje.
São medidas muito
semelhantes às demandas pelo governo federal para adesão no plano de
recuperação fiscal dos estados.
O único estado
que já aderiu a um plano semelhante foi o Rio de Janeiro, mas Minas Gerais e
Rio Grande do Sul também estão nesse caminho.
Goiás é mais um
dos estados em crise, que enfrenta problemas de verbas no setor de segurança,
como mostra o rompante de crise penitenciária que afetou o estado no início do
ano.
No caso do Rio
Grande do Norte, o conjunto de medidas tem nome sugestivo: “RN Urgente”.
A quinta-feira
vai mostrar se os deputados estaduais consideram a situação de fato tem que ser
resolvida o quanto antes.
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